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Memória é reforçada com shows, discos e exposição

Turnê de Maria Rita cantando Elis Regina estreia no dia 17 de março, em SP

Em 14/4, CCSP abre mostra com áudios, imagens e objetos da cantora; gravadoras relançam acervos

Em 19 de janeiro de 1992, quando se completavam dez anos de morte de Elis, reportagens sobre a efeméride lançavam a pergunta: como o Brasil pôde se esquecer tão rapidamente daquela que tantas vezes foi considerada sua maior cantora?

Duas décadas se passaram, e o quadro se reverteu. Ao lado de Gal Costa e Nara Leão, Elis é, de novo, a cantora que mais influencia novas gerações de vozes femininas.

Muito dessa volta se deve à aparição, há uma década, de Maria Rita. A filha apresentou a mãe à juventude que ainda não a conhecia.

"Não conheço outro caso assim: um gênio vocal gerar uma filha que seja reconhecidamente uma das cantoras mais importantes de sua geração", diz João Marcello Bôscoli. "Nenhum plano de marketing seria capaz de promovê-las de maneira tão intensa e verdadeira."

E Maria Rita, agora, trabalha nessa promoção diretamente. Em 17 de março, data em que Elis completaria 67 anos de vida, a filha sobe ao palco do Auditório Ibirapuera, em São Paulo, para estrear temporada em que interpretará o repertório da mãe.

O show, que segue depois para Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio e Recife, em datas ainda não confirmadas, faz parte do projeto "Viva Elis", encabeçado por Bôscoli, que inclui ainda uma exposição itinerante.

A abertura está marcada para o dia 14 de abril, no Centro Cultural São Paulo, e vai reunir fotos da cantora, imagens de entrevistas, cenas de shows e especiais de TV, ingressos e pôsteres, objetos pessoais, roupas, documentos e, é claro, sua música.

A Universal Music prepara uma caixa com a discografia de Elis na gravadora. Além dos álbuns de carreira, lançados entre 1965 e 1979, há ainda três CDs com material raro ou inédito (leia acima).

Mas ainda há muito material inédito de Elis no baú.

"A partir de nossa pesquisa de imagens, pretendemos lançar os especiais de TV gravados em Portugal, Alemanha e França", diz Bôscoli.

Marcelo Fróes enumera mais possibilidades: "Já ouvi shows dela com a orquestra de Erlon Chaves, em 1970, e conheço pelo menos duas apresentações com Tom Jobim, em 1974, além de programas de rádio com o grupo de Luiz Loy, nos anos 1960".

Parece certo: os próximos anos prometem uma Elis inesquecível.

(MARCUS PRETO)

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