Crítica - Filme
'RoboCop' de Padilha tropeça na pieguice ao falar de família
Desde Hector Babenco, nenhum realizador brasileiro chegou a Hollywood com a força de José Padilha, que fez um filme a seu gosto, com a equipe que queria.
E não se saiu mal na atualização da trágica história do policial-robô de Paul Verhoeven, o "RoboCop" 2014 (TC Premium, 22h; 14 anos).
É verdade que o sofrimento do RoboCop original constituía boa parte do mistério. O ataque à privatização da polícia era um achado no momento neoliberal do mundo.
A ênfase na família faz, portanto, sentido. E isso, no filme, passa bastante dos limites da dor para invadir os da pieguice. Dito isso, o filme se aguenta bem.