Crimes movidos pela paixão inspiram série
Humor negro e histórias reais e trágicas alimentam 'Passionais' que estreia sexta (31)
Oscar Wilde dizia que o segredo do amor é maior do que o segredo da morte. É assim, entre segredos que unem o amor e a morte que trafega a série "Passionais", produção da Pródigo Films com a Globosat, que estreia nesta sexta (31), às 19h, no canal +Globosat.
A loucura da paixão que leva ao assassinato é o tempero dessa ficção de 13 episódios, inspirada em fatos reais.
Não será coincidência achar que já viu uma das histórias da trama entre as manchetes policiais do jornal.
Mas, mesmo bebendo em histórias de amor que acabaram em crimes bárbaros, "Passionais" passa longe do estilo realista que marca outras produções da Pródigo, como "FDP" e "Copa Hotel".
A série vai além: viaja em uma narrativa macabra particular, com muito humor negro.
O elenco, com nomes como Rachel Ripani, Laís Marques e Eduardo Chagas, atravessa toda a série, do início ao fim, fazendo diferentes personagens.
São 13 crimes diferentes, em episódios que contam com participações especiais como o apresentador Marcelo Tas, que vive um delegado corrupto, o rabino Henry Sobel e a atriz Betty Faria.
Betty rende um capítulo à parte. Ela vive Carmen, uma atriz decadente no episódio "O Peso da Idade". Apaixonada por um jovem, a diva esquecida espera voltar às novelas enquanto toma um porre de uísque barato e come pipoca de micro-ondas.
O confessionário dos crimes da série é um bar, e o ouvinte de plantão é o barman Martin, vivido por Luís Miranda. Lá são destilados detalhes sórdidos de um casamento ou de uma trágica lua de mel.
"Nossa lei de direitos autorais é tão antiquada que, quando começamos as pesquisas, nossos advogados advertiram a não usar um caso específico, mas vários, e ainda assim ficcionar bastante", diz Giuliano Cedroni, autor do argumento da série.
Um dos coautores da trama é o escritor Santiago Nazarian, conhecido por navegar em um estilo literário macabro e sensual em seus livros.
A direção é de Marcela Lordy e de Henrique Goldman. Este último também dirigiu o filme "Jean Charles".