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Mais pop, Roberta Sá busca "contato direto com público" em CD

"Segunda Pele" traz repertório basicamente inédito de compositores da nova geração

MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO

Uma das cantoras surgidas na geração 2000 que mais se destacaram na cena carioca, a potiguar (radicada no Rio) Roberta Sá, 32, nunca alcançou a mesma repercussão em outras cidades do país.

Talvez por, desde a estreia fonográfica, com "Braseiro" (2005), ter se confundido com a turma de músicos que, sobretudo na Lapa, concentrou-se em "reeditar" o samba em sua forma mais tradicional.

Mais pop, "Segunda Pele", quinto álbum de Roberta, chega agora às lojas com a função de corrigir essa rota.

"Quis fazer um disco mais corporal, menos cabeçudo, que fizesse contato direto com o público", diz. "Antes, eu não tinha esse querer. Era mais senhora quando comecei a cantar do que sou hoje. Olhava só para a música."

Conta que pediu a Giovanni Bianco, autor da capa, que ressaltasse sua sensualidade. "As pessoas acham que sou recatada, é tão engraçado."

Escolheu repertório basicamente inédito. Canções de Moreno Veloso, Domenico, Rubinho Jacobina (os três da Orquestra Imperial), João Cavalcanti (Casuarina), Lula Queiroga, Gustavo Ruiz (produtor da paulista Tulipa).

Regravou "No Arrebol", do sambista Wilson Baptista (1913-68), e "Deixa Sangrar", de Caetano Veloso. Essa foi lançada por Gal Costa em "Legal" (1970), o LP mais psicodélico de sua carreira.

Eis o conflito: como lidar com uma música que, 42 anos depois de criada, soa tão ou mais moderna do que boa parte da produção atual? Como dar um passo adiante a partir de tradição tão rica?

"A gente não pode querer ser gênio. Tudo já foi feito e inventado no mundo das artes. Nosso papel não é mais o de mudar. É o de voltar, redescobrir. Quantos livros você tem que ainda não leu?"

SEGUNDA PELE

ARTISTA Roberta Sá
LANÇAMENTO MP,B/Universal
QUANTO R$ 25, em média

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