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Festival de Sundance começa hoje com retrato ambicioso dos EUA

Seleção reúne 118 longas, entre veteranos como Spike Lee e Stephen Frears e novos talentos

Documentários exploram a crise econômica, enquanto dramas olham para a estrutura familiar

FERNANDA EZABELLA
ENVIADA ESPECIAL A PARK CITY, UTAH

Um retrato ambicioso dos EUA de hoje, incluindo suas mazelas econômicas e seus efeitos na família americana, será projetado em diversas salas de cinema a partir de hoje na pequena Park City, uma cidade de picos nevados e resorts de esqui no Estado de Utah, sede do Sundance Film Festival até o dia 29.

Serão apresentados mais de cem longas-metragens, em competições de drama e documentário, entre filmes locais e internacionais.

Há também pré-estreias de veteranos, como os novos trabalhos de Spike Lee e de Stephen Frears, além do desfile de celebridades, como Robert de Niro, Bradley Cooper e Catherine Zeta-Jones.

O forte de Sundance, no entanto, é o faro por novos talentos, o que o distingue de festivais europeus mais focados nas novidades de diretores consagrados.

Fundado em 1978 com ajuda do ator Robert Redford, o evento é considerado o maior do cinema independente dos EUA, responsável por apresentar ao mundo vencedores do Oscar, como "Preciosa"(2009) e "The Cove" (2009), e joias como "Cães de Aluguel" (1992) e "A Bruxa de Blair" (1999).

"Os Estados Unidos estão passando por um período dramático, e acredito que os diretores queiram contar essas histórias; é uma tradição do cinema americano, especialmente dos documentários", explica Caroline Libresco, programadora sênior de Sundance há dez anos.

Ela faz parte de uma equipe de sete pessoas que assistiram a quase 4.000 longas no ano passado para chegar à seleção atual, de 118.

Entre os documentários, ela destaca "The House I Live In", que aborda a guerra contra as drogas e o sistema penitenciário, e "Finding North", sobre pessoas que passam fome nos EUA.

FOCO NA CRISE

Há também outros três sobre a crise econômica, mas com pontos de vista diferentes: através dos impostos pagos ou não pelas multinacionais ("We Are Broke"), sobre o auge e o colapso de Detroit ("Detropia") e sobre uma família rica que perde tudo ("The Queen of Versailles").

Já nos dramas, a família americana aparece em novas estruturas, embora em tramas de estilo bem distintos.

Em "The End of Love", de Mark Webber, um ator é obrigado a amadurecer após a morte da mãe de seu filho, enquanto "Middle of Nowhere", de Ava DuVernay, mostra uma mulher que tem de reestruturar sua vida após a prisão de seu marido.

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