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Crítica

Bergman não faz filmes de sábado, mas diretor não é qualquer um

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O Telecine Cult dedica seu sábado a Ingmar Bergman, com "Gritos e Sussurros" (22h, 12 anos) e "Quando Duas Mulheres Pecam" (23h45, 12 anos). Convém admitir, para começo de conversa, que não são "filmes de sábado".

Ficar vendo TV no sábado já é meio depressivo. Que dirá vendo um filme, o primeiro deles, em que uma das protagonistas grita de dor o filme todo?

E depois entrar na intrincada relação em que duas mulheres ao mesmo tempo se identificam e marcam distância, como em "Quando Duas Mulheres..." (que é o título brasileiro não só inexato como bobo para "Persona").

Dito isso, Bergman não é qualquer um: seus filmes perscrutam as personagens (em especial os rostos femininos) com tal precisão que parecem virá-las pelo avesso.

A vida é um enigma, não só para as personagens como para o cineasta sueco (e para nós: o tipo de coisa que hoje não se cultiva). No mais, as atrizes são sublimes (e bem dirigidas).

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