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Polêmicas sexuais movem "Big Brother"

Edições do programa por 40 países colecionam casos de abusos, expulsões e até uma gravidez gerada no cativeiro

Versão sul-africana em 2007 registrou estupro; o agressor, apesar dos protestos, acabou se consagrando vencedor

RODRIGO LEVINO
EDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA”

A polêmica envolvendo o suposto abuso sexual cometido por Daniel contra Monique, na 12º edição do "Big Brother Brasil", não é inédita em algumas edições estrangeiras do programa.

O caso mais ruidoso do reality show, exibido em mais de 40 países, aconteceu na África do Sul, em 2007, quando Richard Bezuidenhout foi acusado de estuprar com os dedos a colega de confinamento Ofunneka Molokwu. Os dois tinham 24 e 29 anos respectivamente.

A agressão aconteceu enquanto Ofunneka estava desacordada, em coma alcoólico. Richard não deu ouvidos aos pedidos dos demais participantes para que parasse.

Mais tarde, justificou-se dizendo "estamos na África do Sul", país com longo histórico de abusos sexuais contra mulheres.

Ao fim do programa, e apesar dos protestos de entidades de defesa da mulher, ele foi escolhido pelo público vencedor daquela edição.

Em 2006, na versão australiana da atração, uma garota foi agredida pelo colega que bateu repetidas vezes com o pênis no seu rosto, enquanto era segurada por outro. Agressor e cúmplice foram expulsos de imediato.

Nesse caso, o primeiro-ministro do país se pronunciou pedindo a extinção do programa na Austrália.

Na Dinamarca, em 2003, uma participante de 20 anos, Sissel, engravidou de outro, de 21 anos, após sexo consentido. A gravidez só foi descoberta depois que a garota estava eliminada da disputa.

Affaires menos polêmicos também pipocam no histórico do programa. April e Ollie, casal participante do "Big Brother" em 2008 nos EUA, fizeram sexo regularmente enquanto estiveram na casa.

Caso semelhante ao de Serafino e Steffi, da edição alemã no mesmo ano. Em uma das vezes, o sexo foi consumado na banheira de uso coletivo. Por estar de biquíni, Steffi incutiu dúvida nos diretores e espectadores do programa, até admitir ter feito mesmo o que os movimentos do casal denunciava.

No Brasil, o primeiro casal a fazer sexo na casa - ou pelo menos admitir- foi Tarciana e Jeferson, participantes do "BBB 2".

Telespectadores do pay-per-view não foram poupados de gemidos e frases picantes de Tarciana. No "BBB 9", Ralf e Milena fizeram sexo várias vezes na casa, caso confirmado inclusive pelo apresentador Pedro Bial.

Na edição seguinte, Tessália e Michel ficaram sob suspeitas do mesmo, por causa de, digamos, barulhos estranhos captados pelos microfones. Os dois negam.

Todos os casos, com mais ou menos força, alimentaram discussões de alcance nacional sobre os limites do que deveria ser exibido pelo programa e sobre a responsabilidade dos envolvidos e dos diretores da atração.

Dez anos desde a primeira edição no Brasil, o país entrou na galeria dos casos mais escandalosos da história do reality show.

Vídeos de todos os casos relatados aqui podem ser assistidos no YouTube.

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