Exposição em Nova York reúne roupas e objetos de 'Mad Men'
Cinco mil peças do seriado foram levadas para mostra no Museum of the Moving Image, que fica em cartaz até junho
Além de fotos, anotações, garrafas de uísque e até absorventes, visitantes podem conferir cenários refeitos da série de TV
"Os seguranças estão de prontidão", diz a curadora Barbara Miller, do Museum of the Moving Image (Museu da Imagem), à Folha. Em 2014, Miller passou semanas vasculhando caixas, móveis e araras de roupa guardadas num galpão em North Hollywood, Califórnia.
De lá, mais de 5.000 objetos --de absorventes femininos a sofás-- foram despachados para a sede do museu no bairro do Queens, em Nova York, para uma das maiores exposições já dedicadas a uma série de TV.
Na mostra "Matthew Weiner's Mad Men", visitantes podem conferir dois cenários: a cozinha onde Betty Draper (January Jones) foi infeliz por quatro temporadas e o escritório em Manhattan, com vista para o prédio da empresa Pan Am, que o publicitário Don Draper (Jon Hamm) começou a ocupar a partir da quarta temporada.
Uma entradinha protegida por acrílico deixa o visitante chegar perto das garrafas de uísque do personagem. Outra sala construída foi a de conferência, ocupada por Weiner, roteirista da série, e sua equipe. Entre os objetos sobre a mesa, uma embalagem com comprimidos do analgésico ibuprofeno e a réplica do laptop Mac do criador do seriado.
O trabalho da figurinista Janie Bryant é representando por 33 trocas de roupas, incluindo o vestido preto usado pela atriz Jessica Paré, segunda mulher de Draper, na festa de 40 anos dele. Uma TV ao lado do vestido exibe, em looping, a cena em que Jessica canta a faixa "Zou Bisou Bisou" no quinto ano da série.
Também --e é aí que os guardas devem ficar bem atentos-- é possível ver a caixa de segredos de Draper, na qual estão fotos da família e mementos que revelam a identidade do personagem.
A descrição do verdadeiro Draper está entre as anotações que Weiner foi acumulando desde 1992, quando concluiu o episódio piloto. Num pedaço de papel, ele escreveu uma de suas epifanias para talvez ser um diálogo do protagonista: "Amar significa não ter controle sobre nada".