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Nova lei incentiva parcerias com independentes

ARTICULISTA DA FOLHA

A TV paga cresceu 30,5% em 2011, mas o avanço se concentrou no serviço por satélite, não a cabo. Para este ano, com a lei 12.485, que abre o cabo às teles, "você tem injeção maior de recursos e competição maior", comemora Marco Altberg, presidente da ABPI-TV, associação das produtoras independentes.

Alexandre Annenberg, da ABTA, associação que reúne operadoras e programadoras, saúda a lei pelo impulso que vai dar ao cabo, que atravessou uma década paralisado: "O DTH [satélite] cresceu expressivamente, mas porque o cabo ficou estagnado".

Hoje, "de modo geral, só uma empresa oferece o serviço por cabos, a Net", diz Alex Galvão, que cuida da regulamentação na Agência Nacional do Cinema. "As outras, Telefônica, Oi, estavam impedidas. Com a nova lei, elas poderão e certamente farão [o serviço por cabo]."

A lei, cuja regulamentação entrou em consulta pública na semana passada, também diz que "no mínimo 3h30min semanais dos conteúdos no horário nobre deverão ser brasileiros", tanto por cabo como satélite, com "metade de produtora independente".

"Houve um impulso pela lei, mas já estávamos tendendo para isso, para nos aproximarmos mais do consumidor, culturalmente falando", diz Marcelo Cataldi, vice-presidente da Fox. Para este ano, ele anuncia "vários produtos já a caminho, em parceria com produtoras locais".

Annenberg avalia que a cota "sem dúvida está estimulando o setor, sobretudo a produção independente", porém "quem tem potencial para alavancar a indústria do audiovisual" no país não é a TV paga, e sim a TV aberta. "Mas ela está toda blindada, de forma a resguardar seu modelo de negócios." (NS)

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