Para brasileiro Alok, público está mais consciente sobre drogas
Até ser escolhido o melhor DJ do Brasil pela revista "House Mag", especializada em música eletrônica, o brasiliense Alok Petrillo, 23, teve de enfrentar os próprios pais para seguir a carreira na house music, vertente mais minimalista do bate-estaca.
Filho dos DJs Ekanta e Swarup, pioneiros do explosivo estilo trance, popularizado pelo holandês Tiësto, Alok criou o "new design", misto de diversas batidas eletrônicas com influência na vertente dub step.
"Niguém entendia o que eu fazia, nunca entrava na lista dos DJs mais influentes. Não queria copiar nem o estilo dos meus pais nem o que os outros Djs faziam", conta.
Foi com a faixa "We Are Underground", lançada em 2013, que Alok conquistou audiência, o que o posicionou nos palcos mais importantes do mundo ao lado dos gigantes europeus.
Entusiasta da perpetuação do estilo no Brasil, diz que o boom da música eletrônica no país é resultado de um conhecimento mais amplo sobre o estilo musical e a desvinculação das festas com o uso de drogas.
"Saímos do 'underground', essa ideia destorcida de que quem curte a música se droga. Isso, por muito tempo, dificultou a aceitação da nossa música pela mídia e pelo público. Nos festivais, hoje, as pessoas estão mais conscientes", explica o DJ.
Ele rechaça a ideia de se tornar produtor de outros artistas, como a maioria dos seus colegas de picape.
"Não acho certo terceirizar o sonho de alguém para outra pessoa. É um erro."