Artistas criam obras luminosas em São Paulo

Passada a febre das luzes e decorações natalinas, a paisagem urbana de São Paulo incorpora, a partir de hoje, na comemoração dos 458 anos da cidade, novas intervenções luminosas ao ar livre.

Dessa vez, no entanto, os temas estão muito mais vinculados à realidade paulistana do que à do polo Norte. As referências usadas também são outras: sai o apelo comercial, entra o verniz artístico.

Como parte do projeto "URBE - Mostra de Arte Pública", organizado pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), duas projeções e três instalações de artistas brasileiros e estrangeiros ocuparão, até domingo, pontos-chave do centro da cidade.

"A ideia é ser acessível, atingir não apenas o público que vai a museus mas o transeunte comum, o trabalhador que está de passagem", diz Júlia Clemente, 24, uma das curadoras do projeto.

As obras foram todas criadas especificamente para os locais escolhidos previamente pela curadoria, resultando sempre em algum tipo de diálogo com o entorno.

Devido ao uso de luzes ou projeções em todas elas -com exceção do templo interativo criado pelos argentinos do DOMA-, a mostra funcionará, de fato, durante a noite, entre as 20h e as 22h.

Assim, quem caminhar pelo vale do Anhangabaú após o escurecer poderá ver a cachoeira luminosa do artista Felipe Sztutman, em obra que faz referência ao canalizado e pouco conhecido ribeirão que passa pelo subsolo local.

Os membros do coletivo GOMA, por sua vez, criaram "pichações" feitas de neons na fachada do histórico prédio do CCBB, em composição com os prédios da região.

Haverá também as projeções feitas pelo coletivo ZoomB no chão da rua da Quitanda e pelos alemães do Urbanscreen na fachada da sede da prefeitura.

Dada a proximidade entre as obras, o trajeto poderá ser feito a pé. A abertura, hoje, às 17h, no CCBB, terá shows de Guizado e DJ set do The Rapture (urbearte.com.br).

URBE
QUANDO de hoje a dom.
ONDE arredores do vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo
QUANTO grátis