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Mostra foi criada especialmente para o Brasil

MARCO RODRIGO ALMEIDA
DE SÃO PAULO

A exposição de arte romana que começa hoje no Masp, depois de passar por Minas Gerais no final do ano passado, foi criada especialmente para museus brasileiros.

A escolha do Brasil para receber as obras, muitas das quais nunca haviam saído da Itália, deve-se em grande parte ao curador Guido Clemente, que viveu em São Paulo entre 2001 e 2005, período em que foi diretor do Istituto Italiano di Cultura.

"Nossa decisão foi motivada por ser o Brasil um país que, mais que a Itália, sente-se latino, onde esta herança é muito forte. Um país onde a latinidade é um antídoto contra a americanização."

"Roma - A Vida e os Imperadores" reúne 370 objetos que cobrem o período entre o século 1º a. C. e o 2º d.C.

"As obras foram selecionadas para ilustrar vários aspectos do Império Romano, nos séculos de seu maior desenvolvimento. Assim, vamos mostrar a guerra, a religião, a construção da cidade, os jogos de gladiadores e do teatro, a representação do poder imperial", explica o curador.

Entre os destaques, ele cita o retrato da face do imperador Júlio César e as estátuas de Júpiter e da deusa egípcia Ísis.

"Os romanos misturavam a experiência que tinham com as novidades que chegavam dos povos conquistados. O Brasil é um país que também conseguiu formar um povo de diferentes etnias, onde os conflitos étnicos são menores que em qualquer outro país moderno", diz.

Teixeira Coelho, curador do Masp, avalia que a mostra cumpre a vocação do museu de explorar vários campos da arte. "A produção deles impressiona pelo requinte técnico. A estátua de Vênus, por exemplo, poderia ter sido feita no final do século 19."

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