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Quarta dimensão

Grandes estúdios convertem filmes dos anos 90 em formato 3D; "A Bela e a Fera" estreia hoje em 111 salas do país

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DE SÃO PAULO

Passados 20 anos de sua estreia, uma história de amor vai abocanhar 111 salas de cinema no Brasil de uma vez. O motivo para o repeteco? O filme ganhou uma nova versão em 3D.

"A Bela e a Fera" (1991), animação da Disney, sofreu retoques para ganhar cenas em três dimensões e retomar um circuito que cresce exponencialmente no país: as salas de cinema em 3D saltaram de 264 em 2010 para 471 até dezembro do ano passado.

Para os estúdios, o crescimento do número de salas no país-que têm ingressos mais caros- foi a deixa para uma série de relançamentos. Se "Gato de Botas" já perdeu o apelo, e ainda não há outra novidade à vista, que sejam repaginados os blockbuster dos anos 1990.

No ano passado, a Disney já havia lançado "O Rei Leão" (1994) em 3D com ótimos resultados. Nos EUA, por exemplo, arrecadou US$ 94 milhões (R$ 163 milhões).

"Procurando Nemo" (2003) é a próxima investida do estúdio em parceria com a Pixar, com lançamento previsto para 2 de outubro. Em 2013, virão "Monstros S/A" (25/1) e "A Pequena Sereia" (13/9).

A Fox também converteu outras duas antiguidades para o 3D. No próximo dia 10, é a vez de "Star Wars - Episódio 1 - A Ameaça Fantasma" (1999) estrear por aqui.

Depois, volta "Titanic" (1997), de James Cameron, em 6 de abril. "Dependendo do resultado, teremos outros títulos", afirma Patricia Kamitsuji Ito, diretora-geral da distribuidora Fox no Brasil.

Apostar no primeiro filme da saga espacial de George Lucas foi estratégico. "As batalhas, as galáxias e os planetas na versão 3D se tornam mais espetaculares. O lançamento não se destina só aos fãs e saudosistas, mas à nova geração, para a qual a versão 3D é imprescindível."

Os escolhidos são filmes "que transcendem o tempo, que têm amplo apelo através de gerações e que terão significado novamente em um novo formato", define Sebastián Valenzuela, vice-presidente de distribuição para cinema da Disney no Brasil.

O relançamento de "Titanic" pode servir também de homenagem a James Cameron. Foi seu "Avatar", em 2009, que impulsionou o boom de salas em 3D e serviu de inspiração para que outros diretores usassem a técnica.

MAIS RENDA

Maior bilheteria do planeta, com US$ 2,78 bilhões (R$ 4,8 bilhões), "Avatar" mostrou que o 3D também poderia gerar mais bilheteria, já que os ingressos para esse formato são mais caros.

Mas isso não tem afastado os espectadores brasileiros. Pelo contrário: de 2010 até o ano passado, houve alta de 63% entre os frequentadores dessas salas, segundo o site especializado Filme B.

De olho nesse filão, estrearam 38 longas no formato em 2011, contra 22 em 2010.

E como produzir um filme em 3D é mais dispendioso do que converter um antigo, vai valer a pena (pelo menos para os estúdios) ver de novo.

A BELA E A FERA

DIREÇÃO Gary Trousdale e Kirk Wise

PRODUÇÃO EUA, 1991

ONDE nos cines Shopping D Cinemark, Espaço Unibanco Pompeia, Eldorado Cinemark e circuito

CLASSIFICAÇÃO livre

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