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Entidade deverá dar lugar a Rede Brasil de Festivais DE SÃO PAULO"Que relevância cultural tem hoje um Abril pro Rock? O Abril Pro Rock não lança bosta nenhuma, nada, zero. O Goiânia Noise [...] meteu o Raimundos no primeiro dia. É tipo o Mada colocando Biquíni Cavadão de 'headliner'. Além de perderem a relevância histórica, os caras ficaram constrangedores." Não bastasse provocar a ira dos festivais, Pablo Capilé, ex-vice-presidente da Abrafin, que mantém muita influência na organização, investiu contra a cena musical de Pernambuco, que seria "a personificação do rancor". Ele cita nominalmente artistas como China, Mombojó e Fred Zero Quatro (Mundo Livre S/A). O Estado, diz, é "genérico de São Paulo". Após muita grita nas redes sociais, o coletivo Fora do Eixo chegou a se desculpar pelas polêmicas palavras do dirigente, proferidas em debate e transmitidas ao vivo, pela internet, em dezembro. Capilé repetiu à Folha suas críticas a Abril pro Rock, Goiânia Noise e Mada. O trio oficializou a saída da entidade naquele mês. Para Capilé, a forma como os independentes se organizam não funciona mais. Por isso, nos próximos meses, o plano é autoimplodir a entidade para criar a Rede Brasil de Festivais, que "deixa de ser associação de classe e passa a ser uma rede". Para tanto, ainda é preciso alterar legalmente o estatuto da Abrafin, lembra seu presidente, Talles Lopes. O novo modelo, que será discutido em congresso no mês que vem, extingue a presidência e cria um conselho formado por representantes de cada região do país. A ideia é "abrir para o maior número possível de festivais, sem centralidade". "Os novos, mesmo tendo acabado de entrar, devem ter o mesmo direito daqueles que estão há mais tempo", diz. Para dissidentes, os itens que mais "pegam" são a tentativa de regionalizar a Abrafin e o não pagamento de cachês. Bandas ouvidas pela Folha confirmam convites sem pagamento. Capilé chama isso de "mito". Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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