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Parceria dá sobrevida a livraria Camões, que será remodelada

Fechamento mobilizou clientes, intelectuais e políticos de Portugal

MARCOS GRINSPUM FERRAZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A notícia do fechamento da livraria Camões, no Rio, mobilizou não só seus frequentadores cariocas, mas até mesmo políticos portugueses.

Menos de um mês depois, no entanto, o anúncio de sua reabertura e reestruturação deixou todos mais tranquilos.

Na última semana, a Imprensa Nacional - Casa da Moeda (INCM) -órgão ligado ao governo português que mantém a Camões- divulgou a notícia da reabertura da livraria, possibilitada pela parceria com o grupo Almedina.

Constituído por um conjunto de editoras e livrarias portuguesas, além de uma filial brasileira, o Almedina será também parceiro na remodelação da livraria carioca, que passará por reformas e reabrirá com acervo maior ainda neste semestre.

Inicialmente, o motivo alegado pela INCM para o fechamento da Camões havia sido a situação financeira "irremediavelmente comprometida" da livraria, que tinha custo mensal de até R$ 35 mil para o órgão. O quadro ganhou peso com o agravamento da crise econômica portuguesa.

O encerramento das atividades da chamada "pequena Portugal no Brasil" causou imediata mobilização nos dois países -a livraria reúne cerca de 12 mil títulos da literatura lusa, incluindo livros raros, e é considerada um marco cultural da presença portuguesa no país.

Abaixo-assinados contrários à decisão da INCM correram na internet, intelectuais se manifestaram e parlamentares do Partido Socialista Português pediram explicações ao governo do país.

"Deixaríamos uma lacuna enorme no Brasil, pois atendemos a todo o território nacional e há livros que não existem aqui", diz Jorge Estrela, 76, gerente da Camões desde a sua abertura em 1972.

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