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Internets - Ronaldo Lemos

RONALDO LEMOS
ronaldolemos09@gmail.com

Lana Del Rey: a diva da crise americana

Há alguns dias, Lana Del Rey lançou seu aguardado disco "Born to Die". Depois da grande expectativa gerada por algumas músicas, as críticas foram violentas.

O "The Washington Post" disse que ela "não comunica nenhum sentimento". A "Rolling Stone" chamou-a de "aspirante a cantora" e o "The Boston Globe" disse que o disco é um "rascunho". Na Folha, Thales de Menezes falou em "picaretagem".

Nada disso impediu que o álbum fosse direto ao topo dos mais vendidos em 14 países. Só isso daria uma boa crônica sobre como a crítica e o mercado descolaram-se em tempos de internet.

Ou ainda, uma análise sobre a estratégia comercial de Lana, com músicas divulgadas periodicamente na rede e o álbum "vazando" na íntegra antes do lançamento, alimentando o "hype".

O mais interessante é como Lana é símbolo da nostalgia que toma conta dos EUA. Suas músicas ("Videogames", "Blue Jeans") evocam uma América do passado.

Esse apego é paralisante e ganha força entre os norte-americanos. Basta ver a campanha presidencial republicana e as incontáveis referências a Ronald Reagan (1911-2004), elevado a ícone mítico do poder americano.

Tanta nostalgia vem ironicamente de uma cantora que não tem passado. Lana Del Rey é o personagem inventado por Lizzy Grant, seu nome verdadeiro.

É também símbolo de um país em busca de uma nova identidade. Ainda bem que o Brasil continua a ser o país do futuro.

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