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Os novos Strokes

A banda Howler é a herdeira do momento do grupo que mudou o rock; e toca no Brasil neste mês

David Mccrindle/Rough Trade/Divulgação
Grupo Howler, que toca em Porto Alegre e em São Paulo
Grupo Howler, que toca em Porto Alegre e em São Paulo

LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA, EM GLASGOW

Maldição para a nova safra de bandas de rock desde 2001, mas também um belo impulso para atrair a atenção da cena, o rótulo de os "Novos Strokes" está grudado no pequeno grupo norte-americano Howler, uma das mais incensadas formações da música jovem atual.

Não do Brooklyn, em Nova York, nem de Los Angeles, mas sim egressos de Minneapolis para o mundo, o Howler é um quinteto de garagem que lançou seu primeiro álbum agora no fim de janeiro, "America Give Up" (no Brasil, sai em março), e que está em uma longa turnê por Europa, Japão e EUA.

Graças aos fãs brasileiros da banda, o Howler se apresenta em São Paulo e em Porto Alegre agora em fevereiro, respectivamente dias 24 e 25, ambos os shows no Beco 203 das duas cidades.

Os "Novos Strokes" da vez, pecha que já serviu a Franz Ferdinand, Libertines, Arctic Monkeys e Vaccines, vêm ao Brasil por conta de uma ação de "crowdfunding" (o público financia o show) armada pela produtora PlayBook.

A Folha cruzou com o Howler em turnê e conversou com o vocalista Jordan Gatesmith e o baixista France Camp, ambos com 20 anos de idade em uma banda formada há pouco mais de um ano.

"É um elogio ser comparados ao Strokes. Gostamos da banda e isso não nos incomoda. Embora eu não veja tanta semelhança fora o fato de sermos rapazes tocando músicas baseadas em guitarras", disse Gatesmith.

O rapaz absorve bem a comparação ao grupo de Julian Casablancas, "responsável" por devolver certa graça ao rock na década passada com um punhado de ótimas canções e uma atitude tão explosiva nos palcos quanto blasé fora deles.

"Já falaram que parecemos os Ramones, o Jesus & Mary Chain... Ficamos lisonjeados. São bandas ótimas. Eu amo os Ramones, mas nós estamos longe de sermos herdeiros de qualquer um deles", desconversou o vocalista.

"Já não somos de Minneapolis faz tempo. Com os shows, não somos de lugar nenhum. Ou somos de todos os lugares. Moramos em hotéis", resumiu Camp.

Sobre os shows no Brasil, o vocalista Gatesmith tem a dizer que não tem nada a dizer. "Não vou falar para você que amamos o Brasil e que conhecemos música brasileira porque não é verdade. Não tenho ideia do que esperar do Brasil. Está calor lá agora?", perguntou Gatesmith.

"Posso levar meu short", emendou Camp.

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