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Arctic Monkeys vem para SP só com hits

Banda liderada por Alex Turner vai encerrar a segunda noite do Festival Lollapalooza, em abril, no Jockey Club

Cantor britânico tem receio de tocar músicas obscuras em eventos maiores, diante de fãs de outras bandas

THALES DE MENEZES
DE SÃO PAULO

Alex Turner, 26, tem rosto de garoto. Trocar a franja indie por um topete rockabilly até que o deixou com um ar mais maduro. Mas ainda é bem jovem, mesmo com cinco discos canonizados pela imprensa musical britânica.

Quatro desses discos foram gravados com sua banda, Arctic Monkeys, que será a atração principal da segunda noite do Lollapalooza Brasil, dia 8 de abril, em São Paulo.

O outro álbum ele gravou com seu projeto paralelo, The Last Shadow Puppets, duo com o amigo Miles Kane. Nas duas frentes, a crítica o venera como grande letrista.

Para falar à Folha por telefone, um simpático Turner disse ao jornalista que iria "suavizar" seu sotaque.

Seu jeito de falar, da classe operária de Sheffield (Inglaterra), é tão peculiar que a MTV já exibiu entrevistas dele nos EUA com legendas em inglês, para que os americanos pudessem entender o que ele dizia.

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Folha - Como está seu cabelo hoje? Ainda penteia no estilo rockabilly, com topete?

Alex Turner - Sim, é o meu estilo, por enquanto. Mas neste exato momento não está 100%, sabe? Acabei de tomar banho, está meio bagunçado.

Você se preocupa com seu visual no palco? Tem roupas exclusivas para usar no show?

Não, de jeito nenhum. Posso até fazer um show com a roupa que vesti pela manhã. São as roupas do meu dia a dia. Às vezes troco a camiseta se estiver fedendo. Mas o cabelo é importante. Não ligava antes, mas de um tempo para cá entrei nessa de cuidar do cabelo.

O Arctic Monkeys já tocou no Lollapalooza de Chicago e agora será atração principal na edição brasileira. Você e Perry Farrell, organizador do evento, são amigos?

Bem, não. Acho a banda dele, Jane's Addiction, muito legal. Vamos tocar depois dela. Mas não temos contato pessoal. Só por empresários.

Há grandes diferenças entre um show regular da sua banda e um em um grande festival?

Nossa! É bem diferente. Fico confiante quando o público diante de mim veio para me ver, porque conhece meu trabalho. No festival, sei lá do que o cara gosta, não sei se sabe meu nome. Dá um certo medo. Mais ainda no Brasil.

Você já tocou aqui, no Tim Festival de 2007.

Mas essa maldita ansiedade em festivais é a mesma.

O repertório do show muda muito em um festival?

Completamente. Muda tudo. Quase sempre nós precisamos reduzir o show, mas não é o caso em São Paulo, porque vamos encerrar a noite. Mas mudamos o set list. Só vamos tocar hits. Nada de coisas obscuras para uma plateia heterogênea. Eu não quero ninguém bocejando.

O sucesso da banda foi muito rápido. O que mudou desde os shows que você faziam há seis anos?

Está muito mais divertido, sabe? Muita gente gosta de ver nossos shows, somos uma banda de sucesso. Com isso, você relaxa, sobe lá e toca. Excursionar é só diversão.

Aos 26 anos, você está rico e famoso. A vida é uma festa?

Não diria isso, mas é mais divertida do que a vida da maioria das pessoas, acho.

Como você reage quando a crítica musical britânica diz que você e seu amigo Miles Kane são Lennon e McCartney deste século?

Fico contente, mas esses caras são uns malucos, completamente insanos. Mas, sabe, pensando bem, se alguém precisa ser os Beatles de hoje, que seja a gente.

LOLLAPALOOZA BRASIL

QUANDO dias 7 e 8 de abril

ONDE Jockey Club (av. Lineu Paula Machado, 1.263)

QUANTO R$ 300 para cada dia, R$ 500 para os dois dias, à venda no site www.lollapaloozabr.com

CLASSIFICAÇÃO 12 anos

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