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Miró bate recorde em leilão da Christie's

Obra foi arrematada por cerca de R$ 46 milhões, mas tela do mesmo artista não teve comprador na Sotheby's

Resultados das vendas de arte impressionista e moderna em Londres mostram otimismo cauteloso do mercado

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Joan Miró (1893-1983) não é o mesmo na Christie's e na Sotheby's. Telas do artista espanhol produzidas no mesmo período eram as mais cobiçadas dos primeiros pregões de arte moderna e impressionista do ano, que ocorreram nesta semana nas duas maiores casas de leilões do mundo.

Mas enquanto "Painting Poem" (1925) foi arrematado por cerca de R$ 46 milhões na Christie's de Londres na última terça, um recorde em leilão para Miró, "Peinture" (1933), estimada em R$ 27 milhões na Sotheby's anteontem, não teve comprador.

"Le Livre", do cubista espanhol Juan Gris (1887-1927), também teve saída abaixo do esperado, vendida por R$ 28,3 milhões na Christie's, que esperava até R$ 49 milhões.

Com desempenho mais fraco, a Sotheby's anunciou anteontem um recorde para uma paisagem com neve de Claude Monet. "L'Entrée de Giverny en Hiver" (1885) foi vendida por R$ 22,4 milhões.

Uma tela de Gustav Klimt (1862-1918), outra estrela da Sotheby's, não foi arrematada no leilão. Negociado depois, o quadro de 1901, que não era visto em público há mais de um século, saiu por R$ 15,4 milhões.

Os resultados refletem um otimismo cauteloso do mercado no momento. Enquanto especialistas vislumbram um 2012 de recuperação pós-crise, aproveitando o forte acréscimo de vendas do ano passado, é cedo para arriscar.

Minimizando o risco, Christie's e Sotheby's estão pondo à venda só obras-primas, tentando atrair colecionadores cansados do vaivém do mercado financeiro.

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