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Cota nacional exigida na nova lei da TV paga poderá incluir reality Versões locais de produções estrangeiras devem ficar de fora ANNA VIRGINIA BALLOUSSIERDE SÃO PAULO A gente conhece pelo nome em inglês: reality show. E o formato poderá ser usado pelos canais pagos, a partir de abril, para atender à nova lei do setor, que exige ao menos três horas e meia semanais de programas brasileiros no horário nobre (a serem atingidas pelas TVs até 2014). Realities como "Big Brother Brasil" e "A Fazenda" ficam de fora a princípio. São licenças de franquias estrangeiras, e a a nova lei pretende fomentar o mercado local. "É para gerar riqueza interna, possibilidade de que o empreendimento possa se multiplicar", diz à Folha Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine (Agência Nacional do Cinema). Cabe à agência regulamentar a lei. "Produtores de conteúdo viraram potências. A [holandesa] Endemol cria o 'BBB' e explode", lembra o advogado José Maurício Fittipaldi. Mas a lei desqualifica vários conteúdos, como religiosos e esportivos. Veta-se também o "concurso". Portanto, não está claro se realities com premiação serão aceitos dentro das cotas nacionais. É na consulta pública (até 3 de março) que essas fronteiras serão mais bem delimitadas, afirma Rangel. Em audiência pública ocorrida anteontem, em São Paulo, houve críticas à baixa qualidade associada ao gênero. Para Rangel, "seria um equívoco ir contra a natureza da TV por assinatura, que é segmentada e comporta vários gostos e formatos". Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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