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'Podemos ser o Homem-Aranha', diz pesquisador

DE SÃO PAULO

O historiador britânico Paul Gravett, autor do livro "1001 Comics You Must Read Before You Die" (1001 gibis que você tem de ler antes de morrer, sem edição no Brasil), faz duas interpretações para este 50º aniversário.

"Pode significar que o Homem-Aranha sobreviveu ao teste do tempo e se tornou um ícone tão importante quanto Sherlock Holmes e Tarzan", afirma à Folha.

"Mas pode igualmente significar que a Marvel conseguiu manter um personagem diante do público como uma supermarca de potencial de merchandising infinito", diz.

O herói tem, porém, seus próprios méritos para ter se tornado queridinho entre vigilantes. Peter Parker é mais "homem" do que é "aranha".

"Foi o primeiro herói adolescente, nerd e cheio de falhas a ter o papel principal", diz o historiador. "Ele é mais próximo dos leitores do que o milionário Batman ou o alien invulnerável Superman. Ao contrário deles, podemos ser o Homem-Aranha."

Podemos, queremos. Mas há, também, quem tenha deixado de querer, diz Gravett. Diante de cinco décadas de histórias repletas de reviravoltas, fãs se cansaram de ler.

"É claro que ainda há uma base leal de leitores que sentem forte apego ao personagem, formado durante a infância e construído em cima de nostalgia e de um senso comunal", afirma. Porém "acredito que os diversos retornos da morte desencantaram leitores no longo prazo".

Gravett se refere à prática comum nas histórias em quadrinhos de matar e ressuscitar personagens para criar a tal "ilusão de mudança", termo atribuído a Stan Lee, cocriador do Homem-Aranha.

Nas histórias do aracnídeo, entre os mortos-vivos estão o próprio herói, Mary Jane, Gwen Stacy e a Tia May.

(DB)

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