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"O Artista" ganha melhor filme, direção, ator e outros dois Oscars

Filme de Michel Hazanavicius empata com "A Invenção de Hugo Cabret", de Martin Scorsese

Com "A Dama de Ferro", Meryl Streep leva seu 3º Oscar; Jean Dujardin é o primeiro francês premiado por atuação

Fotos: Reuters
O ator Jean Dujardin
O ator Jean Dujardin

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

O silêncio valeu ouro na 84ª festa do Oscar, ontem, quase toda dominada pelo longa em preto e branco "O Artista", homenagem aos filmes mudos de Hollywood.

Dirigido por Michel Hazanavicius, levou cinco prêmios: melhor filme, direção, ator (Jean Dujardin), figurino e trilha sonora original.

"Esqueci meu discurso", disse o cineasta francês de 44 anos. "Sou o diretor mais feliz do mundo neste momento", continuou, agradecendo a diversas pessoas, incluindo o cãozinho do filme e o produtor, que chamou de "o louco que teve coragem de colocar dinheiro neste filme".

Jean Dujardin foi o primeiro ator francês a ganhar um Oscar de interpretação. Outros três já haviam sido indicados: Maurice Chevalier (duas vezes), Charles Boyer e Gerard Depardieu.

"O Artista" acabou empatado em número de estatuetas com "A Invenção de Hugo Cabret". A diferença é que o filme de Martin Scorsese ficou só com prêmios técnicos.

"Hugo Cabret" venceu em fotografia, direção de arte, edição de som, mixagem de som e efeitos visuais.

O filme aposta numa estética retrô em homenagem ao pioneiro do cinema Georges Méliés (1861-1938), de filmes como "Viagem à Lua" (1902).

Carlinhos Brown e Sergio Mendes, que disputavam melhor canção pela animação "Rio", perderam para Bret McKenzie, de "Os Muppets" (leia mais abaixo).

Meryl Streep foi eleita a melhor atriz por seu retrato de Margaret Thatcher em "A Dama de Ferro", que também venceu em maquiagem. Foi seu terceiro Oscar, após "A Escolha de Sofia", em 82, e "Kramer vs. Kramer", em 79.

Alexander Payne ficou com melhor roteiro adaptado por "Os Descendentes", um drama com George Clooney no Havaí. "Mãe, este Oscar é para você e obrigado por me deixar faltar na escola para ir ao cinema", ele disse.

Já Woody Allen venceu em roteiro original por "Meia-Noite em Paris". Como de costume, ele não estava presente. Ele só participou da festa uma vez, em 2002.

Uma das surpresas foi a melhor montagem ir para "Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres".

Christian Bale apresentou a categoria de melhor atriz coadjuvante, cuja ganhadora, Octavia Spencer ("Histórias Cruzadas"), fez um discurso bastante emocionado, quase chorando. "Obrigada, Academia, por me colocar ao lado do cara mais bonitão da festa", ela disse, rindo.

Christopher Plummer, 82, de "Toda Forma de Amor", lançado diretamente em DVD no Brasil, é o ator mais velho a receber o Oscar de melhor ator coadjuvante.

No filme dirigido por Mike Mills, ele faz o papel de um homem com câncer terminal que conta ao filho (Ewan McGregor) que é gay.

Em seu discurso, o veterano agradeceu à mulher, Elaine: "Ela merece um Prêmio Nobel por me salvar todos os dias da minha vida".

A animação vencedora foi "Rango", de Gore Verbinski.

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