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Filme com Selton Mello faz homenagem a chanchadas

"Billi Pig" pretende se estabelecer entre o cinema comercial e o de autor

Longa de José Eduardo Belmonte conta história de corretor de seguros falido que tenta dar golpe em criminoso

MATHEUS MAGENTA
DE SÃO PAULO

Gênero cinematográfico que teve seu auge nos anos 1950, a chanchada ganha novo ânimo com "Billi Pig".

É com ele que o diretor José Eduardo Belmonte ("Se Nada Mais Der Certo"), consagrado no cinema autoral, faz sua estreia hoje no circuito comercial brasileiro.

No filme, Selton Mello interpreta Wanderley, um corretor de seguros que envolve a mulher (Grazi Massafera) e um padre (Milton Gonçalves) em um golpe contra um criminoso (Otávio Muller).

O plano é ganhar dinheiro salvando a vida da filha do bandido com um milagre.

Naturalmente, as coisas não saem como o planejado. As confusões criadas pelo protagonista acabam remetendo a Chicó, personagem de Selton Mello em "O Auto da Compadecida" (2000).

O milagre que envolvia um gato que "descome" dinheiro no longa anterior agora envolve um pato azul-turquesa.

"É um filme fantasioso, ingênuo, uma chanchada brasileira. O Zé [Eduardo Belmonte] resgatou bem isso e a gente tentou entrar nesse fluxo", diz Massafera, que, após várias novelas, se lança no cinema.

Marivalda, a aspirante a atriz que interpreta no filme, recebe conselhos de um porco de brinquedo falante (o Billi que dá nome ao filme).

"É uma mistura muito doida, com elementos fantásticos e suburbanos", define Selton Mello.

Com um lançamento de médio porte (200 cópias), custou R$ 6 milhões e quer repetir o sucesso de "O Palhaço", dirigido por Mello, que teve 1,5 milhão de espectadores.

É visto como uma terceira via entre os cinemas comercial e autoral. "Pode ser uma nova possibilidade para nossa produção. 'O Palhaço' desbravou um caminho e cabe a outros segui-lo", diz Mello.

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