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Bom humor domina passarelas de Paris

Lanvin investiu em pedraria, brilhos e peles quase caricatos; looks dos pampas e cowgirls góticas também compareceram

Hermès apresentou calças gaúchas "clean", enquanto Riccardo Tisci apostou em vaqueiras fetichistas

VIVIAN WHITEMAN
ENVIADA ESPECIAL A PARIS

A fantasia está de volta às passarelas de Paris. Seja com as festeiras glamourosas da Lanvin ou com as vaqueiras dark da Givenchy, a semana de moda parisiense encheu os olhos dos fashionistas com imagens divertidas e nada pragmáticas.

O evento, que começou na última semana em clima de nostalgia, já anunciava releituras criativas de tendências.

Para comemorar seus dez anos à frente da Lanvin, o estilista Alber Elbaz armou uma grande celebração.

Os convidados, entre eles a atriz Tilda Swinton e o rapper multimilionário Pharrell Williams, eram recepcionados por garçons que serviam champanhe.

Espalhados pela passarela, carrinhos cheios de doces, salgados e enormes bolos de aniversário.

No final da apresentação, as cortinas se abriram revelando um palco decorado com lustres e luzes vermelhos, ocupado por músicos e cantores. O próprio Elbaz deu uma cantadinha no microfone e todos foram convidados a participar de um coquetel dançante.

A coleção seguia o clima over: muita pedraria, brilhos, peles, tudo em montagens divertidas, quase caricatas, como se as mulheres estivessem prontas para uma festa estilo "Hollywood antiga encontra a Broadway".

O bom humor dos looks de Elbaz contagiou os fashionistas que gritaram e aplaudiram de pé a apresentação da grife francesa.

Riccardo Tisci, que vestiu Madonna no Super Bowl, deu mais uma grande tacada neste inverno. Pegou carona na onda vaqueira que está se formando e temperou tudo com o gótico que já virou tendência nas ruas.

As cowgirls da marca usam muito couro, são sexies, fetichistas e misturam a calça estilo bombacha com roupinhas de dançarina de saloon. As botas são ultralongas, e os lenços fazem o estilo gaúcho da fronteira.

A Hermès também visitou os pampas e suas calças gaúchas, mas numa versão mais limpa. Cristophe Lemaire mais uma vez acerta o imaginário das fazendeiras de luxo da grife, sempre ligadas ao universo do campo, dos cavalos e das viagens por território selvagem.

Só faltou tocar o hit sertanejo de Michel Teló, sucesso absoluto nas trilhas de lojas da cidade: de cadeias como Monoprix e H&M à Printemps, é quase impossível fazer compras sem ouvir um "Ai, Se Eu te Pego". Pegou mesmo.

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