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RONALDO LEMOS ronaldolemos09@gmail.com

Os gênios trancados em seus quartos

Depois de receber três Grammys neste ano, Skrillex, um dos grandes nomes da música eletrônica atual, tuitou: "Se eu posso ganhar Grammy, isso significa que todos os gênios que trabalham sozinhos nos seus quartos vão dominar o mundo".

Faz sentido. O pop anda cada vez mais povoado por artistas que trabalham trancados no quarto.

A lista inclui nomes como o The Weeknd, o badalado projeto do etíope-canadense Abel Tesfaye. Sua voz lembra Michael Jackson (!), revivido em formato "hipster-cool".

Só em 2011 ele lançou três discos, batizados "A Trilogia dos Balões", para download gratuito no seu site.

A estratégia deu certo, e seus vídeos têm alguns milhões de acessos -menos que os de Michel Teló, é claro, mas o suficiente para cativar fãs, que já foram apelidados de "airheads" (cabeças de ar) por conta dos balões.

Abel vai rodar o mundo em 2012 tocando nos principais festivais do planeta.

O que une Skrillex a The Weeknd é que parte da crítica os chama de "derivativos".

Um termo que diz tanto sobre quem critica ("eu conheço o que foi feito antes") quanto sobre quem é criticado ("o que você faz repete o passado").

Só que chamar de "derivativo" é um jeito de não dar chance ao presente. De ficar à espera de uma originalidade hoje impossível de surgir individualmente.

Mesmo Skrillex ou The Weeknd trazem ideias novas nas beiradas, que, aos poucos, vão influenciando o cânone.

E é assim que a música pop vai para a frente.

Reader

JÁ ERA silêncio no transporte público

JÁ É reclamar de passageiros falando alto no celular

JÁ VEM gente carregando bloqueador de celular portátil na bolsa

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