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South By Southwest abre espaço para a música brasileira

Até domingo, festival americano com jeito de "feira livre" vira Meca de novas tendências em Austin, Texas

Brasil é tema de conferência e faz shows com Tiê, Some Community, Agridoce, Rosie & Me, entre outros

LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA

Nesta semana, todos os caminhos para a nova música levam artistas, produtores de shows, jornalistas, caçadores de talentos, gente da indústria musical e público em geral ao Estado americano do Texas, onde acontece a colossal edição 2012 do festival South by Southwest.

Maior e mais influente vitrine da música independente do planeta, o SXSW, como o evento é conhecido, é um festival de música de rua que espalhará a partir de hoje e até domingo cerca de 2.000 bandas de quase 60 países por 104 palcos de 92 clubes da cidade de Austin.

Os grupos se apresentarão durante a programação normal (à noite) e nas dezenas de festas e shows-surpresa paralelos (durante o dia).

O termo "palcos de clube locais" cobre desde clubes de fato até bares, quintais de lojas, saguões de hotel, parques, estacionamentos de restaurantes e até igrejas.

Já por "nova música" entenda-se música de bandas supernovas, razoavelmente novas e de gente veterana mostrando novidades, como Bruce Springsteen neste ano.

Iggy Pop, REM, Patti Smith e Morrissey já fizeram shows especiais no SXSW. Strokes, White Stripes, Adele e Amy Winehouse despontaram no festival.

Em 2012, bandas como a folk britânica Dry the River, a americana de metal All Pigs Must Die e a cantora neo-zelandesa Kimbra são os nomes a observar, entre centenas de outros.

O Brasil estará representado. Tiê e Renato Godá, entre outros, levam a nova MPB ao Texas. As bandas indies

Rosie & Me, curitibana, e Some Community, paulistana, tocarão lá. O Agridoce, projeto paralelo da roqueira Pitty, estará em ação no SXSW 2012. A cantora MC Zuzuka Poderosa, que é capixaba e canta funk carioca, também integra a legião brasileira.

"O SXSW é fundamental para quem faz pesquisa de artistas novos que, em um ou dois anos, estarão em outras posições na música. Vê-los tocar em clubes pequenos, fazer shows de dia em uma loja é uma boa oportunidade para verificar a qualidade da performance deles", diz o produtor musical Marcos Boffa, um dos diretores artísticos de festivais como Sónar Brasil, Planeta Terra e Ultra, além de levar vários shows independentes ao Brasil.

"O festival é excelente, ainda, para estabelecer uma boa rede de contatos com agentes de bandas, representantes de selos, jornalistas de revistas e jornais, todos os envolvidos na cena que um dia podem ser úteis", diz.

O que começa amanhã, dentro do South by Southwest, é a parte musical do festival, sua vocação primeira. Mas o SXSW tem mais dois outros importantes braços: um na área de interatividade e outro na de cinema novo, os quais já estão acontecendo desde a última sexta.

O SXSW faz 25 anos neste ano, confirmando sua vocação de grande feira livre da "next big thing". Artistas, como o roqueiro Jack White, vão sempre ao festival para vender pessoalmente discos de suas gravadoras.

A Apple montou uma loja no estilo "pop-up" em 2011 para comercializar no SXSW o então novo iPad 2. A rede social Twitter também ganhou popularidade no SXSW, 2007. E em 2012...

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