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Teatro

Musical 'Priscilla' celebra a diversidade

Sucesso na Broadway, montagem estreia no sábado em São Paulo com hits da 'dance music' cantados em inglês

Adaptação do filme de 1995, espetáculo apresenta repertório que estabelece uma atmosfera festiva

GABRIELA MELLÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um globo de luz desce do teto do teatro e, ao som de "It's Raining Men", transforma o espaço numa pista de dança. É assim que o musical "Priscilla, Rainha do Deserto" chega a São Paulo no próximo sábado, dia 17.

"O público vem ao espetáculo como se fosse a uma festa", diz Simon Phillips, diretor australiano que concebeu o musical em seu país, em 2006, levando-o em seguida ao West End londrino e à Broadway, em Nova York.

"Priscilla, Rainha do Deserto" encontra-se no limiar entre musical e show. O filme que originou o espetáculo empolgava com cinco músicas. O musical tem 20 canções a mais, a maioria hits da "dance music".

As músicas são cantadas em inglês, algo raro entre adaptações locais. A escolha, porém, não compromete o entendimento da história do transexual Bernadette (Ruben Gabira) e das duas drag queens Tick e Felicia (Luciano Andrey e André Torquato), que atravessam o deserto apresentando seus shows.

O diretor faz do musical uma ode à diversidade traduzindo o universo gay com bom humor. Isso acontece de forma literal na cena final em que, ao som de "Dancing Days" (a única música brasileira do repertório), o palco é tomado por uma ampla variedade de personagens. Todos cantando em coro: "Na nossa festa vale tudo...".

A intenção de Phillips com o musical é, sobretudo, entreter. No entanto também acredita que a viagem do trio que protagoniza "Priscilla..." serve de metáfora para o percurso de todos aqueles que estão em busca de pertencimento.

"As drags são outsiders. Quando se encontram, deixam de lado a solidão, formando uma família. É uma história universal", acredita.

O ônibus batizado de Priscilla, no qual as três protagonistas cruzam o deserto, é o principal cenário do musical.

O espetáculo foi adaptado por Stephan Elliott, o mesmo criador do filme "Priscilla, a Rainha do Deserto", de 1995.

Apesar de produzido com baixo orçamento, o longa venceu o Oscar na categoria melhor figurino. Tim Chappel e Lizzy Gardiner, a dupla que conquistou a estatueta, repete a parceria no musical.

Chappel conta que desta vez pôde criar sem limitação. Tinha um orçamento mais generoso: mais de US$ 1 milhão contra US$ 200 mil do longa.

"O que fizemos no filme foi plantar uma semente. No musical, ela cresceu, se tornou uma flor exótica e bonita", resume o figurinista.

PRISCILLA, RAINHA DO DESERTO
QUANDO estreia 17/3; qui. e sex., às 21h; sáb., às 17h e 21h; dom., às 16h e 20h
ONDE Teatro Bradesco (r. Turiassu, 3º piso, 2.100; tel.: 0/xx/11/3670-4100
QUANTO de R$ 20 a R$ 250
CLASSIFICAÇÃO 12 anos

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