Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Ambição loira A disputa pelo papel de Marilyn Monroe em musical da Broadway é o tema de "Smash", nova série produzida por Steven Spielberg que estreia no Brasil
ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK Uma série de TV que fala dos bastidores de um musical da Broadway sobre Marilyn Monroe. TV, teatro e cinema se encontram, com a bênção de Steven Spielberg. Os ingredientes já seriam suficientes para turbinar "Smash", que estreia no próximo dia 28 no Brasil. E a receita deu certo. Embora tenha números musicais, dois por episódio, a série não será facilmente adotada pelos fãs de "Glee". As músicas não são essenciais na nova atração. O DNA de "Smash" está mais para o de uma boa novela. Cada episódio não se completa com começo, meio e fim. Pelo contrário. Assistir aos cinco primeiros da temporada só faz aumentar a quantidade de pontas a amarrar na trama. Debra Messing, de "Will & Grace", é Julia, uma letrista que faz dupla premiada na Broadway com um compositor muito bem interpretado por Christian Borle. Eles vão escrever um musical sobre Marilyn Monroe. A série mostra a seleção do elenco e os ensaios. "Drama é bem diferente. Na comédia, você tem o ritmo determinado pelas piadas, elas marcam o ritmo. Ainda estou insegura", disse Messing, em Nova York. Quem banca o musical é uma mulher que acaba de se separar do marido, famoso produtor da Broadway, e encara preconceitos e desconfianças dos investidores. No papel, Anjelica Huston. Mas não está com nenhuma delas a principal entre todas as tramas paralelas da série: quem vai ser a nova Marilyn do musical, a loira Ivy ou a morena Karen? Ivy é o primeiro papel de protagonista da atriz Megan Hilty, depois de anos fazendo pontas em outras séries. Karen, no entanto, é um rosto muito conhecido, até por brasileiros. Katharine McPhee foi vice-campeã do "American Idol" em 2006. Desde então, conduz a carreira entre discos e filmes. Segundo a roteirista e criadora de "Smash", Theresa Rebeck, Steven Spielberg a procurou com a ideia de uma série que mostrasse os bastidores da Broadway. "Ele deu liberdade total, com ótimos palpites", diz Theresa. Mas é difícil associar Spielberg à Broadway. Mesmo na TV, o cineasta de "E.T." (1982) e "Contatos Imediatos de Terceiro Grau" (1977) está ligado normalmente às séries de ficção científica. No ano passado, lançou duas: "Falling Skies" e "Terra Nova". Nenhuma delas recebeu a recepção calorosa dada a "Smash" em fevereiro. O primeiro episódio teve quase 12 milhões de telespectadores, a terceira melhor estreia de série na temporada. Após cinco semanas, a audiência atinge a média de 7,7 milhões de pessoas, a maior dentro da faixa das 22h na TV americana. No entanto, produtores e roteiristas afirmam com muita veemência que ainda não há nada pensado para uma segunda temporada de "Smash". Difícil acreditar. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |