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Crítica Drama

Sutherland consegue despertar empatia longe da truculência de Jack Bauer

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DE SÃO PAULO

O ator Kiefer Sutherland foi por muitos anos apenas o líder vampiro de "Os Garotos Perdidos", o filme cult de Joel Schumacher. Isso em 1987, bem antes de "Crepúsculo" e "True Blood".

Tempos depois, uma série de TV fez os espectadores esquecerem esse marco. Jack Bauer e sua corrida contra o relógio em "24 Horas" eram mais do que urgentes na era pós-11 de Setembro.

"Touch", que estreia amanhã na Fox, quer descolar o ator da imagem do agente linha-dura. O Martin vivido por Sutherland no novo seriado não revida as bordoadas que leva. É desesperado, mas seus motivos não têm a ver com o terrorismo. O que o transtorna é a doença que acomete seu filho (David Mazouz). O garoto não fala e não se deixa tocar por ninguém.

Viúvo, ele vive às voltas com as atribuições de pai de um menino ensimesmado num universo cheio de números e complicadas teorias matemáticas.

Martin descobrirá que a voz é apenas um jeito de expressar o que se apreende do mundo e logo embarcará (de novo) numa jornada contra o tempo para evitar catástrofes mundiais, tendo de decifrar o quebra-cabeças criado pelo filho.

Na trama feita por Tim Kring (de "Heroes"), sai de cena a truculência de Jack Bauer. Entram a sutileza e uma urgência de natureza distinta: a de se conectar com outro ser humano.

Sutherland vai ter de se reinventar, mas, a julgar pelo episódio inaugural, parece estar no caminho certo. Não é só um Jack Bauer calmo, mas um pai preocupado, com quem de cara simpatizamos.

Nos EUA, o primeiro capítulo foi visto por mais de 12 milhões de pessoas. Serão ao todo 13. O relógio volta a importar para Sutherland.

NA TV

TOUCH
Estreia da série legendada
QUANDO amanhã, às 22h, na Fox
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO bom

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