Cage the Elephant encerra turnê no Brasil

Em seis anos de carreira, a banda americana Cage the Elephant alcançou um patamar que nenhum dos seus membros poderia cogitar na época em que decidiram "tocar umas músicas juntos".

"Nós somos só uma banda de amigos, e o Dave Grohl já tocou bateria com a gente, sabe?", diz aos risos Brad Shultz, o guitarrista, em entrevista à Folha.

O grupo, formado ainda na época da escola, será uma das principais atrações da edição brasileira do festival Lollapalooza.

"Este é um dos privilégios que ter uma banda de rock nos proporcionou: conhecer lugares a que sempre quisemos ir e que, normalmente, sei lá, não teríamos dinheiro para tanto", diz Shultz, irmão de Matthew, o vocalista.

Em janeiro deste ano, "Thank You, Happy Birthday", o segundo disco do quinteto, completou um ano de lançado.

Impulsionada por músicas como "Shake Me Down" e "Indy Kidz", a banda entrou na lista das mais tocadas dos EUA e rodou os principais festivais da Europa.

Os próximos shows na América Latina marcarão o encerramento da turnê de divulgação do disco.

"Foi exaustivo, mas logo mais lançaremos um novo trabalho e estaremos prontos para começar tudo novamente", conta o guitarrista.

Por "tudo novamente", leia-se a propalada energia da banda no palco, quando emula, com suas músicas, influências de Pixies e bandas do movimento grunge.

"Até outro dia, tocávamos em garagem. A energia dos nossos shows vem da recepção do público às nossas músicas", diz, afagando os fãs.

Os músicos esperam uma participação de Dave Grohl, do Foo Fighters, no show, como aconteceu em apresentações da turnê americana. "Ele é sempre bem-vindo. Seria incrível, como foi da primeira vez."