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Gal estreia show com som eletrônico de seu novo disco

Dirigido pelo amigo Caetano Veloso, "Recanto" liga nova vertente a antigos sucessos da carreira da cantora

Com ingressos que vão de R$ 400 a R$800, espetáculo inaugura casa no Rio e deve vir a São Paulo em abril

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DO RIO

Prestes a estrear o show de seu novo disco, o eletrônico "Recanto", Gal Costa tem se visto emocionada, às lágrimas, durante os ensaios.

"À medida que a estreia vai se aproximando, o santo vai baixando. O show está muito bonito, estou muito comovida com tudo", diz a baiana.

Ela canta hoje para convidados e, a partir de amanhã, para pagantes, inaugurando a casa Miranda, na Lagoa. Em abril, o show deve chegar a São Paulo, em local a definir.

A emoção que descreve vem do amadurecimento de sua relação com as músicas de "Recanto", que Caetano Veloso compôs para ela, e das conexões entre o novo repertório e antigos sucessos, como "Divino Maravilhoso".

"As canções novas estão mais densas. Adoro fazer 'Autotune Autoerótico', 'Tudo Dói'. As mais antigas tomam outra dimensão, são outras canções dentro de mim."

Acompanhada de um trio jovem -Domenico Lancellotti na bateria e no MPC (aparelho que reproduz as bases eletrônicas), Pedro Baby na guitarra e Bruno Di Lullo no baixo-, Gal vai mostrar sete das 11 canções de "Recanto".

Para dar unidade ao show, queria escolher apenas músicas de Caetano, mas foi convencida por ele, que dirige o show, a incluir outros nomes.

"À medida que fui estruturando o repertório, disse a ela que não conseguia deixar de fora 'Vapor Barato' e 'Barato Total'", diz Caetano.

Parte da pegada eletrônica das músicas recentes vai se incorporar às antigas, mas haverá momentos de voz e violão. "Conseguimos trazer a sonoridade do disco para o palco, e um pouco dela entra em canções antigas como 'Divino Maravilhoso'. 'Barato Total' e 'Folhetim' se parecem mais com o que eram antigamente", diz Caetano.

Moreno Veloso, que comandou as gravações do disco na Bahia (Caetano cuidou no Rio), diz que o show vai explicitar a ligação estética do álbum com o passado.

Domenico Lancellotti, responsável por reproduzir boa parte dos sons eletrônicos no palco, diz que a chance de fazer uma ponte entre fases diferentes da carreira de Gal o empolga e à banda.

"Para a gente é uma loucura, porque esse disco dialoga muito com a fase da Gal dos anos 1970. Somos superinfluenciados pela atmosfera daqueles discos e, de repente, estamos tocando isso."

GAL COSTA
QUANDO: amanhã, sáb. e dias 29, 30 e 31/3, às 22h
ONDE: Miranda (av. Borges de Medeiros, 1.424, Rio, tel. 0/xx/21/4003-2330, www.mirandabrasil.com.br)
QUANTO: de R$ 400 a R$ 800
CLASSIFICAÇÃO: 16 anos

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