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Clientelismo segue vivo no país, diz diretor DO ENVIADO A JUAZEIRO (BA)A trama da beldade que, por se mostrar senhora de seus desejos, atordoa uma Ilhéus em franca urbanização foi levada à TV em duas ocasiões: na pouco lembrada produção da Tupi de 1960 e em 1975, na Globo, sob a direção de Walter Avancini. "Gabriela" chegou ao cinema em 1983, pelas mãos de Bruno Barreto, em filme que escalava Marcello Mastroianni (1924-1996) como Nacib, o comerciante sírio a cortejar a tigresa, sempre Sônia Braga. A mais conhecida adaptação televisiva apanhou o país num momento em que, por um lado, a revolução sexual e a liberalização dos usos e costumes entre quatro paredes começavam a se consolidar e, por outro, o coronelismo ainda solapava correntes progressistas em boa parte do Nordeste. As bandeiras do romance de Jorge Amado teriam caducado? "Ainda se faz muito clientelismo, compadrio no Brasil; não nos livramos desse mal", diz Mauro Mendonça Filho, diretor-geral da nova versão de "Gabriela", que comanda elenco com Humberto Martins (Nacib), Antonio Fagundes (Ramiro Bastos) e Ivete Sangalo (Maria Machadão), entre outros. "Além disso, o mundo ainda é claramente dos homens. No último 'Big Brother', questionaram a menina que ficou com dois caras, mas não o sujeito que beijou duas", exemplifica. Juliana Paes empresta o destemor de Gabriela ao imaginar possíveis comparações. "Não revi a novela nem o filme. É claro que tenho uma referência imagética, de certas cenas, que é a de todo mundo. No começo, [o fardo] foi mais pesado. Agora, já mergulhada no processo, acho que a história parece outra. O olhar mudou, e o público, também." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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