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Não há diferença entre TV e cinema, diz Monjardim

DO ENVIADO A PELOTAS (RS)

Jayme Monjardim, 55, diz que só embarcou no projeto de filmar "O Tempo e o Vento" com a garantia de que Fernanda Montenegro, 82, interpretaria a personagem Bibiana Terra.

Na atual versão do diretor, a personagem cresce em importância e se torna condutora da história, que mostra os contratempos enfrentados por famílias como Terra, Cambará, Caré e Amaral, e a origem do Estado do Rio Grande do Sul no decorrer de várias décadas. "Não será uma filmagem literária do que está escrito. É uma versão cinematográfica, tem um conceito diferente do livro", define. (FB)

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Folha - Como a experiência em direção de novelas influenciou o trabalho com cinema?

Jayme Monjardim - Eu gosto de contar histórias simples e populares, histórias mais românticas.

Com menos papo cabeça e mais histórias épicas, com começo, meio e fim. Fizemos um roteiro simples, com uma narrativa fácil de entender e assimilar.

Como se deu a escolha do elenco?

Foi determinada pela afinidade com alguns atores. O filme sempre foi pensado para a Fernanda Montenegro fazer a Bibiana. Sem ela, eu não teria feito. Ela era importante no processo todo. O roteiro foi criado para ser narrado pela Bibiana, e a Bibiana teria que ser vivida pela Fernanda Montenegro.

Como foi adaptar uma história clássica?

Não será uma filmagem literária do que está escrito. É uma versão cinematográfica, tem um conceito para cinema diferente do livro. Eu optei por contar essa história por meio da visão da Bibiana. É óbvio que é um pouquinho diferente do livro, mas a essência, a alma dos personagens está presente. Todo filme é uma versão. Você nunca pega o filme e diz: "Vou filmar o livro todo".

Qual é a diferença entre fazer TV e cinema?

Não tem diferença nenhuma entre os dois. Faço tanto televisão quanto cinema. O que me deixa feliz é o ato de contar uma história. Não tenho problema com linguagem de televisão ou linguagem de cinema.

As duas fazem parte de um mesmo universo, que é o de contar histórias. Não tem nenhum problema em me chamar de diretor de TV. Eu sou um contador de histórias.

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