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Crítica Exposição

Exibição do coletivo BijaRi possui desafio de mostrar arte politizada

FABIO CYPRIANO
CRÍTICO DA FOLHA

Há 15 anos, o coletivo BijaRi tem aliado a utilização de novas tecnologias com o ativismo político.

Uma de suas mais recentes ações, por exemplo, foi a Ocupalândia, organizada com outras ONGs: um churrasco na região da cracolândia, em São Paulo, contra a violência policial na região.

Agora, pela primeira vez, o coletivo apresenta uma exposição individual, Estado do Sítio, na galeria Choque Cultural, na qual enfrenta o dilema de traduzir em obras sua ação politizada.

Não é uma tarefa simples. Afinal, a transposição corre sempre o risco de perder força, por causa do inerente fetichismo que uma galeria comercial carrega.

No entanto, frente ao circuito de arte nacional que, cada vez mais, se submete a um padrão decorativo de produção, as obras do Coletivo BijaRi sugerem que a realidade brasileira não é tão feliz como se supõe.

Estado do Sítio, assim, traz a temperatura quente das ruas, como na instalação "Barraca", inspirada nas ocupações estudantis ocorridas em várias partes do mundo nos últimos dois anos.

Já "Natureza Morta", que conta com um sofisticado programa de projeção de vídeo "mapping", transforma uma mesa de frutas em um arsenal de armas. São obras um tanto literais, mas que, em um circuito mais que inodoro, ganham contundência.

BIJARI: ESTADO DO SÍTIO

QUANDO de ter. a sáb., das 11h às 19h. Até 14/4

ONDE galeria Choque Cultural (r. João Moura, 997, SP, tel. 0/xx/11/3061-4051)

QUANTO Grátis

CLASSIFICAÇÃO bom

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