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Crítica Artes Plásticas Lançamento traça panorama artificial e reducionista da arte do país no século 21 FABIO CYPRIANOCRÍTICO DA FOLHA "Pintura Brasileira Séc. XXI" parte de um pressuposto conservador: traçar o panorama da produção nacional a partir de uma técnica, não por acaso a mais valorizada pelo mercado. Desde o início da arte contemporânea, a partir de meados dos anos 1950 e 1960, tal procedimento é recorrente. Após artistas ampliarem o entendimento do campo artístico, retorna-se à discussão do suporte, como a pintura, para a manutenção de uma reserva de mercado corporativa. Como afirma o curador Paulo Herkenhoff no catálogo da mostra de Lygia Pape, em cartaz na Estação Pinacoteca, "elencar técnicas pode ser hoje uma solução retórica que quase sempre substitui a problematização dos fenômenos de arte da expansão do campo linguístico". Assim, já que entender o que se passa é difícil, melhor retornar a categorias do passado. No entanto, a pintura, a escultura ou a fotografia não são vertentes que de fato interessam ao debate da produção atual, já que elas se reduzem a uma técnica. Fundamental seria perceber o que artistas estão buscando. Com isso, em resumo, falar de pintura é uma tarefa reducionista e artificial. Isso se percebe quando no livro se reúne produção de Paulo Pasta e Cassio Michalany ao lado de Thiago Martins de Melo e Janaina Tschäpe. Só porque usam pincéis, não significa que pertençam ao mesmo universo. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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