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Canais dos EUA descobrem meninas superpoderosas

DE WASHINGTON

A TV americana descobriu neste ano que mulher também pode fazer humor grosseiro, com tiradas desavergonhas, sem trava social e sem se importar com o rótulo de derrotadas: estão aí, além de "Girls", "2 Broke Girls", "New Girl" e "Whitney".

No vácuo da bem-sucedida comédia "Operação Madrinha de Casamento", do ano passado, todas -exceto talvez "New Girl", com a fofa e chatinha musa "indie"

Zooey Deschanel- têm como protagonistas mulheres fortes, mas muito fora do modelo já gasto de sucesso e bom comportamento.

E, porque são séries de mulher sem ser de "mulherzinha", apelam a um público mais amplo, numa espécie de pós-feminismo que reivindica às meninas a fronteira final -o humor tosco, sem pretensão de psicanálise.

No caso de "Girls", que estreou nos EUA com a razoável audiência de 1,1 milhão de TVs ligadas, a falta de verniz fica só na aparência.

Embora profusa em cenas de sexo desapaixonado, conversas no banheiro (na banheira ou à privada) e verdades sem ressalvas, é a mais sensível desta leva.

Mais fluida e calcada num suposto realismo de que suas irmãs de piadas cronometradas carecem, a obra da novata Lena Dunham fala alto a quem (quase) nunca se identificou com o olhar cor-de-rosa de Carrie Bradshaw.

OK, o foco nos tropeços das personagens, sem chance de redenção, soa às vezes exagerado. Mas bem verossímil, se não enjoar.

(LC)

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