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Documentário desvenda as "mentiras sinceras" de Fellini

Filme sobre o cineasta italiano passa amanhã na TV Cultura

MARCO RODRIGO ALMEIDA
DE SÃO PAULO

O italiano Federico Fellini (1920-1993) muitas vezes foi chamado de "cineasta da memória". Vários de seus filmes, como "Oito e Meio" (1963) e "Amarcord" (1973), têm, ou ao menos parecem ter, como tema a própria vida, a terra natal (Rimini), a família e os amigos do diretor.

Mas até que ponto esses filmes são realmente retratos fiéis do cineasta?

Uma boa pista está em "Federico Fellini: Sou um Grande Mentiroso" (2002), documentário que a TV Cultura exibe amanhã.

"Uma inclinação natural minha foi exatamente essa de inventar uma relação com a vida. Para mim, são muito mais verdadeiras as coisas que não aconteceram, mas que inventei. Enfim, sou um grande mentiroso. Essa é a conclusão", define o diretor.

Por outro lado, podemos concluir que, por imprimir tanta sinceridade a suas mentiras, Fellini fez delas verdades de apelo universal.

Ou, como bem define o escritor Italo Calvino no documentário, "as mentiras também são interessantes e reveladoras, tanto quanto toda a pretensa verdade".

NA TV

Federico Fellini: Sou um Grande Mentiroso
Exibição do documentário
QUANDO amanhã, às 23h, na Cultura
CLASSIFICAÇÃO 14 anos

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