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Dançarino brasileiro chama a atenção nos Estados Unidos

FRANCISCO QUINTEIRO PIRES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM NY

Na carreira do baiano Slim Mello, o "rabo de arraia" tem o mesmo valor de um passo de balé. "Meu jeito de me mover vem da capoeira. É algo muito brasileiro", diz Mello. "Eles não entendem bem, mas acham maravilhoso. É como se tudo fosse novo."

"Eles" são os coreógrafos e dançarinos da Alvin Ailey American Dance Theater, companhia formada majoritariamente por negros e uma das mais influentes dos EUA. Mello, de 26 anos, é um dos 12 integrantes da Ailey II -braço para jovens talentos.

De hoje até o dia 29, ele e seus colegas fazem 14 performances na sede da Alvin Ailey, em Manhattan. As apresentações abrem espaço para o trabalho de uma nova geração de coreógrafos.

A trajetória de Mello é tão eclética quanto a dança do afro-americano Alvin Ailey (1931-1989). Influenciado pelo coreógrafo Lester Horton, Ailey permitiu aos dançarinos elaborar um estilo livre, "uma maneira de se mover que é só sua", segundo Mello.

O baiano se interessou pela dança aos 15 anos, quando estudava no Liceu de Artes e Ofícios, em Salvador. Integrou o Balé Folclórico da Bahia, no qual, pelas mãos de Zebrinha (José Carlos Santos), conheceu o trabalho do coreógrafo afro-americano.

Para poder dançar em Nova York, percebeu que precisava aprofundar a sua formação. Após uma audição em Salvador, foi escolhido para estudar na Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville.

De volta à Bahia, em 2009, gravou um vídeo com o seu trabalho e o enviou para a Alvin Ailey. A escola da companhia o convidou para uma temporada de cinco meses.

Enquanto estudava a técnica de Martha Graham e a de Horton, Mello se destacou entre mais de 3.000 alunos e passou a integrar a Ailey II.

"Agora converso com ídolos, como Clifton Brown e Matthew Rushing, que aprendi a admirar em gravações."

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