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Televisão "A Praça É Nossa" celebra 25 anos de humor popular A comédia "está a um fiozinho do ridículo", diz Carlos Alberto de Nóbrega Misturando veteranos e novos talentos, show deve seguir tradicional e anuncia quadro com filho de Chico Anysio DE SÃO PAULOA mesma praça? "Morreram todos os comediantes do passado. Sinto mais falta do amigo que do personagem. Ninguém é insubstituível", diz Carlos Alberto de Nóbrega, 76. Na segunda, serão exatos 25 anos no comando de "A Praça É Nossa", no SBT. Lá, compartilhou assento e risadas com a "quase mulher" Vera Verão, de Jorge Lafond (1953-2003), o "quase guri" de Ronald Golias (1929-2005), sempre com seu boné para o lado, e a Velha Surda, de Rony Rios (1936-2001). Hein? Se falhava a audição da célebre personagem, o público de um dos humorísticos mais longevos da TV assimila a mensagem sem maiores zumbidos. E Carlos Alberto fez questão que assim fosse. "A 'Praça' jamais será sofisticada. Tenho preocupação grande em ser popularesco. Não procuro ser de vanguarda. O humor está a um fiozinho do ridículo", diz à Folha. Para celebrar um quarto de século no ar, a atração preparou novidades como um quadro com André Lucas, filho de Chico Anysio (1931-2012). O MESMO BANCO A história com o SBT começa em 7 de maio de 1987. O filho quase não retocou a fórmula que Manoel de Nóbrega (1913-1976) inaugurou nos anos 1950, com "A Praça da Alegria", na TV paulista. Em 1977, Carlos Alberto sugeriu à Globo uma missa de um ano de morte do pai. Boni, então chefão do canal, o cortou: para que algo tão triste? Foi a deixa: a "Praça" voltou à praça, agora apresentada por Luís Carlos Miele. Ainda mais bonita, para o atual mestre de cerimônias, foi a homenagem do novo patrão, na estreia no SBT. Estava com Carlos Imperial (1935-1992), autor do tema musical da atração, quando ouviu os aplausos. "Ma oê!", Silvio Santos chegou de surpresa, sem terno, "e fez uma homenagem de uma hora e meia". Foram bons tempos, mas Carlos Alberto não reclama da atual safra da comédia. Admira a trupe do "Pânico". "Fazem algo que ninguém tem coragem. Nem 'CQC', que é 'Pânico' bem-comportado." Também já foram tempos nem tão bons assim. Em 1990, sob influência da novela "Pantanal", teve "a fase da sacanagem": "Dei uma apelada, quebrei a cara". A audiência estranhou, ele recuou. Para Moacyr Franco, 75, outro veterano da "Praça", o riso já foi mais fácil. "Antes, sugeria-se uma rima com bunda no programa da Hebe, e o auditório vinha abaixo. Ela ficava vermelhinha."
Hoje, Franco diz dar "muito palpite na meninada que está chegando" e caprichar no roteiro, "para não virar um gagá falando bobagens como 'no meu tempo que era bom'"
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