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Cético, inglês Peter Greenaway analisa o futuro do cinema

Cineasta de "O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante" fala hoje no projeto Fronteiras do Pensamento

Indicado quatro vezes à Palma de Ouro, diretor dá palestra sobre novas maneiras de filmar e de atrair público jovem

RODRIGO SALEM
DE SÃO PAULO

Os filmes de Peter Greenaway sempre foram carregados de ironia. E é munido dela que o cineasta faz hoje sua participação no projeto de conferências Fronteiras do Pensamento, em São Paulo.

O diretor falará sobre o futuro da arte cinematográfica, um paradoxo se lembrarmos que ele já andou alardeando que "o cinema está morto."

Na verdade, Greenaway acredita que há uma longa vida para a arte, desde que transferida para instalações interativas, filmes para tablets e internet.

Dono de um currículo que sempre passou longe de ser normal, o galês, que hoje mora em Amsterdã, sempre injetou referências a pinturas e a óperas em seus longas. A mistura encontrou sua fórmula perfeita em "O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante" (1989).

Greenaway foi indicado quatro vezes à Palma de Ouro de Cannes, a última em 2003 por seu projeto multimídia "As Maletas de Tulse Luper - Parte I: A História de Moab". O longa foi um dos primeiros projetos a envolver uma narrativa online.

Antenado, o cineasta procura trazer o passado para uma linguagem que atraia um novo público. Seu "Ronda Noturna" (2007), que reproduz a obra homônima de Rembrandt, ganhou uma apresentação ao vivo em um museu na Holanda.

Greenaway falará sobre seus interesses artísticos, a vontade de mudar a experiência cinematográfica e, sim, o futuro do cinema. Mesmo que ele não exista.

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