Índice geral Ilustrada
Ilustrada
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Semana da feira tem 25 aberturas de mostras em SP

DE SÃO PAULO

Enquanto a SP-Arte espera atrair até 20 mil pessoas ao pavilhão da Bienal, no Ibirapuera, em São Paulo, galerias paulistanas aproveitam a leva de visitantes à cidade para expor seus artistas mais badalados ou aqueles que querem emplacar agora.

Ontem à noite, pelo menos 16 espaços abririam mostras para convidados, criando um congestionamento artístico entre Vila Madalena, Pinheiros e Jardins. Neste sábado, estão programadas pelo menos mais nove mostras, entre elas a individual do britânico Antony Gormley no Centro Cultural Banco do Brasil.

No meio dessa avalanche, uma tendência começa a despontar. Além das individuais de artistas como Janaína Tschäpe, na Fortes Vilaça, ou Edgard de Souza, na Luisa Strina, galerias como Luciana Brito e Raquel Arnaud apostam em coletivas de artistas que não representam.

São mostras chanceladas por curadores de peso no circuito global que ajudam a alavancar o prestígio de seus espaços, além de servir de termômetro para o interesse do mercado local por artistas estrangeiros, em sua maioria, difíceis de emplacar por aqui.

Rina Carvajal, que foi uma das curadoras da última Bienal de São Paulo e chefiava o Museu de Arte de Miami, assina uma grande mostra desse tipo na Luciana Brito.

Seu truque foi escolher, no repertório de estrangeiros -como a norte-americana Trisha Brown, a francesa Marine Hugonnier, o esloveno Tobias Putrih e o mexicano Mario García Torres-, obras que flertassem com a abstração geométrica que virou sinônimo da arte brasileira.

"É interessante fazer no Brasil uma exposição sobre abstração geométrica que não fale do Brasil", disse Carvajal à Folha. "Vejo que o mercado e a curadoria aqui estão mais cosmopolitas. É a primeira vez que monto uma exposição numa galeria."

Na mesma pegada, o curador italiano Jacopo Crivelli Visconti preparou uma série de quatro exposições coletivas. Uma delas começa hoje na galeria Raquel Arnaud.

Estão lá obras da norte-americana Lisa Tan, do cipriota Haris Epaminonda e do alemão Felix Gmelin. Todos abordam questões de serialização e repetição em suas obras.

"Essa mostra é uma abertura em relação à coisa canônica das galerias", diz Crivelli Visconti. "Você não espera ver uma galeria testando os limites da curadoria."

(SM)

PERFORMANCES DA ABSTRAÇÃO
QUANDO de ter. a sáb., das 10h às 19h; até 30/6
ONDE Luciana Brito (r. Gomes de Carvalho, 842, tel. 0/xx/11/3842-0634)
QUANTO grátis

DIFERENÇA E REPETIÇÃO
QUANDO de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., 12h às 16h; até 23/6
ONDE Raquel Arnaud (r. Fidalga, 125, tel. 0/xx/11/3083-6322)
QUANTO grátis

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.