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Televisão

'Monstros do Rio' aposta em estilo dramático de pescaria

Apresentador Jeremy Wade conta que veio ao Brasil para pegar pirarucu

Na quarta temporada, programa do Discovery persegue peixes na Rússia, na Mongólia e em Botsuana, na África

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
ENVIADO ESPECIAL A MIAMI

"O rio Amazonas abriga uma aterrorizante coleção de monstros devoradores de gente. Lendas descrevem um espírito maligno que habita um peixe enorme, maior do que uma pessoa."

Na narração de Jeremy Wade, "biólogo e pescador radical", qualquer ida à peixaria viraria um filme de terror, mas é esse estilo dramático e hiperbólico que dá fama e força a "Monstros do Rio", seu programa no canal Discovery, cuja quarta temporada estreia na próxima terça, dia 15.

Nele, o inglês Wade roda o mundo procurando os tais "monstros" em rios variados, da Amazônia ao Japão, do Congo ao Himalaia.

"Não me vejo como um expert em pesca, mas consigo chegar a certos lugares onde forasteiros normalmente não vão", diz Wade à Folha durante o evento de lançamento da nova temporada, em Miami -que incluiu uma malfadada pescaria no mar, na qual não se pegou nada.

Entre esses lugares pouco acessíveis aos gringos, o apresentador destaca o interior do Brasil, que conheceu anos antes de começar a gravar o programa e serviu de cenário para episódios das primeiras temporadas.

"A primeira vez que viajei ao Brasil foi em 1993. Passei meses rodando, fui de ônibus de Recife a Belém. A partir daí, voltei a cada ano. Queria pegar um pirarucu", diz Wade, em um português com sotaque, mas bem articulado.

"Tinha pescado no Congo e me julgava especialista nesse tipo de ambiente, achava que o Amazonas ia ser moleza, mas levei anos até conseguir. Quando comecei a gravar 'Monstros do Rio', tinha muita experiência nessa região, então fez sentido voltar a ela, filmar as coisas que vi."

Por aqui, Wade enfrentou perigos variados -caiu de avião na floresta, virou isca para um cardume de piranhas, foi golpeado no peito por um peixe imenso que quase o matou- e guardou duas lembranças principais: a vitamina de abacate e as lições dos ribeirinhos.

"Eles são muito bons em improvisar. Vivem com tão poucos recursos do mundo moderno, têm apenas fósforos, querosene e conseguem sobreviver. Aprendi um pouco da filosofia de vida deles."

Agora, ele diz ter visitado "ambientes menos familiares, como os cenários montanhosos de Rússia e Mongólia".

"Os peixes eram mais desconhecidos. Em Botsuana, ouvi histórias sobre um tipo que soava como piranha, mas muito maior. Investigamos para descobrir se poderia existir algo pior do que as piranhas, e existe."

O repórter MARCO AURÉLIO CANÔNICO viajou a convite do Discovery.

NA TV
Monstros do Rio
Estreia da 4ª temporada
QUANDO terça, às 22h, no canal Discovery
CLASSIFICAÇÃO 12 anos

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