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Crítica Vencedor em 2007, romeno confima talento em novo longa PEDRO BUTCHERENVIADO ESPECIAL A CANNES Christian Mungiu está de volta à competição de Cannes cinco anos depois de ter levado a Palma de Ouro com seu primeiro longa, "Quatro Meses, Três Semanas e Dois Dias". Um prêmio que veio na onda do cinema romeno e que impôs uma inevitável pressão sobre a carreira de tão jovem cineasta. Pois a onda passou e Mungiu, felizmente, sobreviveu. "Beyond the Hills" confirma seu talento e vai um pouco além: em vários aspectos, é um filme mais maduro e bem construído que o anterior. A partir do caso real de uma jovem que foi visitar uma amiga em um convento e de lá saiu morta, o diretor construiu uma ficção que toca em questões filosóficas eternas e ao mesmo tempo especialmente atuais. Fala da tênue linha que separa o bem e o mal, de atos motivados pelo altruísmo com consequências terríveis ou da perigosa mistura entre razão e espiritualidade. Acompanhamos tudo a partir do ponto de vista de uma das protagonistas, em planos-sequência magistralmente bem filmados, fiéis ao princípio básico do cinema atual: rejeitar a condução absoluta do olhar pelo diretor e apresentar as situações de forma mais livre e "inteira". Cabe ao público construir seu caminho dentro do filme. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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