Índice geral Ilustrada
Ilustrada
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Novo atraso faz MAC-USP adiar mostras

Programação do museu na nova sede, no antigo Detran, está suspensa até a instalação de sistema de segurança

Acervo de 9.000 obras que seria transferido até setembro não deve ocupar novo espaço em tempo para a Bienal

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Depois de uma inauguração parcial em janeiro, quando só o térreo foi aberto com uma exposição, a nova sede do Museu de Arte Contemporânea da USP, no antigo Detran, deve continuar vazia até o mês de novembro.

Novos atrasos na entrega do prédio principal, reformado pela Secretaria de Estado da Cultura para receber o museu -obra de R$ 76 milhões-, fizeram o MAC suspender a programação que estava prevista para este ano.

De acordo com o diretor do museu, Tadeu Chiarelli, falta ainda concluir a climatização, a iluminação, a segurança e a vigilância do prédio, que continua vazio.

Três mostras individuais -de León Ferrari, Julio Plaza e Rafael França- deveriam ser abertas neste mês no novo prédio, mas foram adiadas.

Também está descartado o plano de ocupar os demais andares com a coleção permanente do museu, um acervo com mais de 9.000 obras, até setembro, quando começa a Bienal de São Paulo.

"Foi feita a reforma, mas falta colocar equipamentos de refrigeração e iluminação", diz Chiarelli. "A secretaria já previa que não terminaria as obras no prédio até o final de maio."

Marcelo Araujo, secretário estadual da Cultura empossado em abril, diz que "cronogramas estão sendo atendidos" e que a "única pendência" com relação à entrega do prédio é a instalação de um circuito interno de TV, o que deve ser feito até agosto.

Se esse novo prazo for respeitado, o MAC passará a funcionar de fato mais de três anos depois da primeira data estipulada para sua abertura, em junho de 2009.

Enquanto isso não acontece, a USP não consegue iniciar licitações para abrir o estacionamento, o restaurante, a loja e mobiliar toda a área expositiva do museu.

"É importante que o público entenda que tudo é devagar", diz Chiarelli. "Talvez estivessem com a fantasia de um grande espetáculo."

No lugar da mega-exposição do acervo, o MAC agora luta para abrir em setembro as individuais de Carlito Carvalhosa e Mauro Restiffe, antes previstas para agosto, no anexo atrás do museu.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.