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Painel das Letras

RAQUEL COZER - raquel.cozer@grupofolha.com.br

Cosac de bolso

A Cosac Naify, conhecida pelas edições caprichadas e de produção cara -um dos motivos pelos quais a editora nunca saiu do vermelho-, estreia no mês que vem sua coleção de livros de bolso. Segue com isso, enfim, os passos que casas como L&PM e Companhia das Letras deram anos atrás. Os seis primeiros títulos da série Portátil chegam no dia 14, com preços entre R$ 19,90 e R$ 24,90. Entre eles, "Khadji Murat", de Tolstói, "O Amante", de Marguerite Duras, e "Como Funciona a Ficção", de

James Wood. A coleção foi idealizada no ano passado por Cassiano Elek Machado, substituído em abril do cargo de diretor editorial por Florencia Ferrari.

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// Cota lusófona

As mudanças no Prêmio Portugal Telecom, agora com agraciados em romance, poesia e contos e crônicas, resultaram num aumento de 25% nas inscrições -de 382 no ano passado para 502 neste.

Com isso, ficou ainda mais difícil manter a cota de 10% de autores não brasileiros entre os finalistas. O número de textos originais de outros países de língua portuguesa ficou quase igual: foram 10 no ano passado e 11 neste ano.

Ou seja, bons romances brasileiros perdem lugar para outros menos votados. Os 60 finalistas serão anunciados na quarta-feira, no Rio.

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// A família segundo Alison Bechdel

Lançada há pouco nos EUA, "Are You My Mother", autobiografia da quadrinista Alison Bechdel centrada em sua relação com a mãe, sai em 2013 pelo selo Quadrinhos na Cia. A tradução está a cargo do editor André Conti, que em 2007 verteu para a Conrad a celebrada primeira parte, "Fun Home", focada na homossexualidade enrustida do pai.

Recém-agraciada com bolsa da Fundação Guggenheim, Bechdel trabalha numa terceira HQ de tema familiar, abordando o escritor Henry James e seus irmãos.

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// Final conturbado

Termina na quinta o prazo estendido que a Fundação Biblioteca Nacional ofereceu a livrarias e editoras cadastradas no programa de venda de livros a até R$ 10 para bibliotecas. Mas, dadas as dificuldades desde o início, metade das entregas poderá ser feita até 30 de julho -quatro meses após o prazo estipulado inicialmente. Só 20% dos pedidos já foram entregues.

No mês passado, a FBN enviou email aos cadastrados informando que quem descumprir a entrega pode ser alvo de processo administrativo -o que pode dificultar futuras vendas ao governo.

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Festa no teatro Mika Lins comprou os direitos de "Festa no Covil" (Companhia das Letras), celebrado romance de estreia de Juan Pablo Villalobos. Mika diz que ficou "enlouquecida" com a história narrada pelo filho de um traficante. Quer montá-la ainda neste ano -será a primeira adaptação do livro.

Mudança O novo romance de John Banville, com lançamento mundial em julho, não sairá pela mesma editora dos anteriores "O Mar" (Booker Prize de 2005) e "Os Infinitos", Nova Fronteira. Quem garantiu os direitos de

"Ancient Light", que trata dos limites entre memória e invenção, foi a Globo Livros. Deve sair no segundo semestre, pelo selo Biblioteca Azul.

Discursos Para o segundo semestre, também, fica a edição da Prumo para "I Have a Dream", de Ferdie Addis, com célebres discursos históricos de personagens como Winston Churchill, Nelson Mandela e padre Vieira. A edição brasileira, organizada por Nicolau Sevcenko, terá o nome "Os Discursos que Mudaram a História" e incluirá falas de brasileiros, como o ex-presidente Getúlio Vargas.

Cachê 1 Na primeira Bienal do Livro Amazonas, que terminou no dia 7, e na terceira de Minas, até amanhã, a empresa de eventos Fagga cedeu a uma reclamação de escritores e ofereceu cachê pela participação em debates, o que não ocorreu em outras bienais que organizou, como a da Bahia, no ano passado.

Cachê 2 Na ocasião, Affonso Romano de Sant'Anna fez uma carta aberta explicando que recusou o convite porque a "Fagga cismou que escritor tem que trabalhar de graça". Questionada sobre se haverá cachê na próxima Bienal do Rio -para a qual a Fagga teve autorização para captar quase R$ 4 milhões via Rouanet-, a empresa diz "não ter a informação oficialmente".

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