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RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com

Agora o Facebook vai às compras

COM A oferta de ações consumada, o Facebook amealhou 16 bilhões de dólares. Um boa parte dos antigos acionistas tem muito a comemorar. Tornou-se bilionária da noite para o dia.

Já os novos, nem tanto. As ações caíram mais de 18% nos dois dias seguintes. Por isso, se engana quem acha que a empresa esbanja motivos para otimismo.

Mark Zuckerberg não queria abrir o capital. Só abriu porque a lei americana equipara empresas com mais de 500 sócios às companhias abertas. O Facebook também não precisava de dinheiro. Tinha crédito e operava no azul. E, é claro, a pressão dos investidores querendo capitalizar também contribuiu.

Com isso a administração do Facebook vai mudar. Empresas abertas atendem basicamente a um só objetivo: maximizar o lucro dos investidores. Se esse princípio estivesse valendo quando a empresa surgiu, ela não chegaria aonde chegou.

Para quem viu "A Rede Social", teria prevalecido visão de Eduardo Saverin (que queria fazer dinheiro logo), à visão de Zuckerberg, que queria esperar. A nova pressão pode fazer o Facebook errar.

Outra questão é o que fazer com tanto dinheiro extra. Aplicar em renda fixa? Provavelmente não. A empresa vai precisar investir. Mas em quê? Investimentos internos não bastam.

O Facebook deve acabar indo às compras. Pode se tornar predador de empresas novas, tudo para apaziguar os novos investidores. Se será suficiente, o mercado vai dizer. Em todo caso, a temporada de caça vai começar.

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