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Itaú Cultural lança série de filmes sobre artistas plásticos

Cildo Meireles e Lygia Clark são alguns dos nomes que ganharão cinebiografias

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DE SÃO PAULO

Depois dos malditos, que venham os artistas.

Na última quinta (24), "Mr. Sganzerla", documentário de Joel Pizzini sobre o universo do cineasta marginal Rogério Sganzerla (1946-2004), encerrou o projeto Iconoclássicos, com longas gratuitos produzidos pelo Itaú Cultural.

Agora, a instituição passa a investir em filmes sobre artistas visuais. Os primeiros escolhidos são o carioca Cildo Meireles, o mexicano Héctor Zamora e a mineira Lygia Clark (1920-1988).

A diretora Marcela Lordy, que já foi assistente de Hector Babenco e Walter Salles, retrata o processo de criação de Meireles. "Oir o Rio" está sendo finalizado e deve estrear no segundo semestre.

Leandro HBL, da série "Reis da Rua" da TV Cultura, vai filmar a biografia de Zamora.

Já o filme de Lygia Clark, encomendado pela própria família da artista, ainda não tem diretor indicado, mas deve ficar pronto a tempo da exposição dela, planejada para setembro no Itaú Cultural, localizado na avenida Paulista.

Segundo Claudiney Ferreira, gerente do núcleo de audiovisual e literatura, a série vai durar até 2014.

Já o extinto Iconoclássicos ganhará uma caixa de DVDs em 28 de agosto, acompanhada de um livro de ensaios.

Os cinco filmes tiveram público estimado em 14 mil espectadores. "Daquele Instante em Diante", de Rogério Velloso, sobre o músico Itamar Assumpção, respondeu por metade dessa audiência.

Os outros longas são "Ex-Isto", releitura de obra de Paulo Leminski por Cao Guimarães; "Evoé!", sobre o diretor teatral Zé Celso Martinez Corrêa, por Tadeu Jungle e Elaine Cesar; "Assim É, Se lhe Parece", que trata de Nelson Leirner pelo olhar de Carla Gallo; e "Mr. Sganzerla".

Até o fim de 2013, os documentários viajam pelo Brasil, para passar em instituições parceiras do Itaú. As sessões devem começar por Curitiba, provavelmente em setembro.

Antes disso, em julho, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) deve abrigar um evento com os filmes.

O Itaú Cultural também prepara uma obra de referência na área audiovisual: uma enciclopédia de cinema, com 420 filmes desde 1896.

Deve ser lançada em novembro, com cerca de 40% do material pesquisado no ar e trechos de cada filme.

Atualmente, o site da entidade reúne verbetes divididos entre teatro, artes visuais, tecnologia e literatura.

Kety Fernandes, assistente do núcleo audiovisual, diz que a ideia é fazer as enciclopédias de artes "conversarem", unificando seu conteúdo em um grande acervo.

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