Mostra se consolida como vitrine da dança

Nem sempre é possível acompanhar de perto, em um só evento, grupos de dança apoiados com verbas públicas como o ProAc (Programa de Ação Cultural), do governo do Estado de São Paulo.

Mais do que isso, a mostra Plataforma Estado de Dança, em sua terceira edição, se consolida como uma vitrine dos trabalhos produzidos por grupos da capital e do interior para programadores de festivais de todo o país.

De amanhã até o dia de 10 de junho, 18 grupos com linguagens diferentes apresentam coreografias com temas que vão das artes plásticas à música, do medo à relação do homem com a natureza.

Cássia Navas, organizadora do evento desde a primeira edição, conta que o interesse de programadores pela mostra cresceu mais de 50% em três anos. "Vamos receber 20 pessoas responsáveis por importantes festivais brasileiros. É uma forma de dinamizar a relação com os curadores e mostrar a produção de dança feita em São Paulo."

Amanhã, o grupo de dança flamenca Luceros apresenta "Luceros Dança Toninho Ferragutti", com canções do acordeonista brasileiro.

Outro músico homenageado no evento é Gilberto Mendes, que inspirou a criação do espetáculo "Uma Foz, Uma Fala, Uma Dança para Gilberto Mendes", do grupo Athos Núcleo Artístico.

Também merecem destaque "Alfaiataria de Gestos", estreia da Incunábula Cia., e "Desvio para o Chão", do Núcleo de Improvisação, ambos com trabalhos que investigam artes visuais.

Entre os grupos convidados, Vera Sala e Wellington Duarte, o Núcleo Luis Ferron, a Cia. de Danças de Diadema, Maura Baiocchi & Taanteatro e a Cia. Borelli de Dança. O evento conta também com debates e encontros para discutir projetos.