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Crítica Aventura

Heroína doce ressurge como guerreira forte e vingadora

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Esta versão sombria do célebre conto dos irmãos Grimm vai surpreender quem se habituou à ingenuidade da açucarada adaptação da Disney.

O diretor Rupert Sanders afirmou que sua intenção era tirar as teias de aranha do conto, objetivo plenamente atingido por este filme de ação em que Branca de Neve surge na pele de uma guerreira em busca de vingança.

Sedenta de poder e obcecada pela eterna juventude, a rainha Ravenna (Charlize Theron) ordena a morte de Branca de Neve (Kristen Stewart, a estrela de "Crepúsculo"), a mais bela do reino, que acaba fugindo do castelo e se esconde na floresta.

A rainha confia, então, a recaptura a um caçador (Chris Hemsworth), mas, ao contrário do que acontece na versão dos irmãos Grimm, este não a abandona na floresta. Além de proteger a fugitiva, ele a inicia nas artes do combate.

Com uma trama simples, o roteiro abusa de cenas de perseguição, prejudicando seu ritmo. Os efeitos especiais ajudam a sustentar cenas que esticam a narrativa, mas pouco acrescentam. Graças a eles, porém, a rainha envelhece e rejuvenesce em segundos.

Alguns velhos simbolismos reaparecem, como a maçã, que representa a árvore do conhecimento da Bíblia. Ou a própria rainha, que simboliza a morte em sua permanente busca pela imortalidade. Branca de Neve continua simbolizando a pureza, mas aqui é uma mulher forte e independente, dona de si.

Os produtores já anunciam que este é o primeiro filme de uma trilogia, comprovando que a moda do épico fantástico é um filão bem rentável.

BRANCA DE NEVE E O CAÇADOR

DIREÇÃO Rupert Sanders
PRODUÇÃO EUA, 2012
ONDE Pátio Higienópolis e circuito
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO regular

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