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Angeli e Laerte serão surpresa na Flip

Décima edição da Festa de Paraty, de 4 a 8 de julho, terá uma mesa bônus no sábado à noite com os cartunistas

Amigos há quase 40 anos, eles falarão sobre HQ, comportamento e humor, além de coordenarem oficina

FABIO VICTOR
DE SÃO PAULO

Surpresa guardada até agora pela organização da Flip, os cartunistas Angeli e Laerte farão parte de uma mesa extra na programação da décima edição, de 4 a 8 de julho, em Paraty.

Expoentes da HQ nacional, os dois amigos falarão na Tenda dos Autores, o palco principal do encontro, no sábado à noite (dia 7), com mediação do jornalista Claudiney Ferreira e patrocínio do Itaú Cultural. Os ingressos serão vendidos em data mais próxima ao início da festa.

O debate, afirmam eles, será o mais informal possível, uma conversa entre amigos de quase 40 anos.

"Já fizemos muitas palestras juntos. Eu já sei até o que ele fala e ele sabe o que eu falo", brincou Angeli.

"Não consigo seguir roteiro. Se propõem um, digo que sim, mas na hora eu mudo. Continuará assim. Vamos falar sobre HQ, comportamento e, principalmente, humor."

"O mais gostoso", acrescenta, "é responder ao público". O criador da Rê Bordosa (de quem será lançada uma antologia na Flip) dá a deixa aos fãs: "Quando o público provoca, fica até melhor".

Ambos quadrinistas e cartunistas da Folha, Angeli, 55, e Laerte, que fará 61 no domingo, também vão coordenar, nos dias 6 e 7 de julho, a oficina literária da décima Flip, já divulgada anteriormente, para 30 ilustradores selecionados em concurso.

Segundo Laerte, ele e Angeli recordarão sua experiência desde o tempo em que faziam fanzines. "Costuma se entender oficina como algo mais didático, mas nem eu nem ele temos tarimba em ensinar. Vamos falar do nosso trabalho e ouvir o que os meninos têm a dizer."

Angeli concorda. "Nunca soube ensinar para alguém o que faço, não tenho método. Prefiro bater um papo, conversar de igual para igual."

Sobre a relação entre HQ e literatura, os amigos têm visões ligeiramente desiguais.

"HQ não é literatura, são coisas distintas, linguagens diferentes para contar histórias", disse Angeli.

"Encaro o que faço como literatura, sim. O fato de [a HQ] ser uma narrativa em imagens aproxima as linguagens", afirmou Laerte.

Questionado sobre como se define profissionalmente numa ficha de hotel, Angeli respondeu que como jornalista. "Tenho olhar de jornalista, de trazer pro meu trabalho o que está acontecendo."

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